Entidades criam canais alternativos para doações a famílias carentes
Algumas entidades e grupos que prestam serviços de assistência a famílias carentes criaram canais alternativos para receber doações durante o período de isolamento social motivado pela pandemia de Coronavírus. É o caso dos Vicentinos, grupo da igreja católica que atende famílias nas paróquias e também o Provopar municipal.
No caso dos Vicentinos, a arrecadação sempre foi feita durante as missas. “Como as celebrações nas igrejas foram suspensas, as pessoas que doavam ficaram sem esse ponto de doação, mas o número de famílias que necessitam agora aumentou em razão da crise criada pela situação de isolamento”, ressalta Juvenor Malta Campos, membro dos Vicentinos da Paróquia São Francisco de Assis.
Para não deixar as famílias desassistidas, Juvenor e outros membros dos Vicentinos começaram a manter contato com possíveis doadores por telefone ou rede social. “Em menos de uma semana arrecadamos mais de 30 cestas básicas, que estamos recebendo na minha casa e na casa de mais duas pessoas do nosso grupo”, explica. Segundo ele, as cestas serão entregues nesta semana. Na paróquia são 26 famílias cadastradas, mas ele reforça que pessoas que até então não necessitavam estão procurando os Vicentinos.
Luis Menechini, responsável pelos Vicentinos no âmbito da diocese, explica que cada paróquia tem a liberdade de adotar um sistema para receber doações e ajudar as famílias cadastradas. “Cada paróquia tem o seu conselho e temos orientado que usem a criatividade para não deixar de atender as pessoas que necessitam”, complementa.
Já o Provopar municipal, segundo a presidente Hosana Tezelli, criou a campanha Corrente do Bem e fez uma parceria com vários supermercados da cidade para arrecadar alimentos não perecíveis e materiais de limpeza para famílias necessitadas. “Ao fazer a compra a pessoa pode doar aquilo que seu bolso permitir e seu coração tocar num espaço identificado no próprio supermercado”, conclama Hosana.
Ela explica que a campanha se estenderá durante o período de crise causada pela doença. “Pedimos que as pessoas nos ajudem a ajudar quem muito precisa. Muitas pessoas estão sem renda, entre elas várias que antes desse período de isolamento social já passavam por dificuldades”, acrescenta, ao lembrar que o município aumentou em mais de 1.000 as compras de cestas para famílias assistidas pela Secretaria de Ação Social, mas que ainda não são suficientes.