Novo decreto mantém comércio fechado e prevê mais rigor na fiscalização
Um novo decreto do prefeito de Campo Mourão, Tauillo Tezelli, publicado neste sábado (04) mantém o comércio fechado por mais uma semana. O decreto, que revoga os anteriores e traz novas recomendações, também prevê mais rigor na fiscalização para quem descumprir as orientações referentes a isolamento social.
“A gente cogitava flexibilizar esse isolamento, mas de quinta-feira para cá tivemos uma mudança drástica de cenário, o que incluiu um óbito e aumento de casos confirmados, o que já está esgotando nossa capacidade de atendimento hospitalar. Mais uma semana vai nos permitir avaliar a situação”, justificou o prefeito, durante pronunciamento pela internet. Novo boletim mostra que subiu para 12 o número de casos do Covid-19 na Santa Casa.
O novo decreto, porém, permite o atendimento do comércio exclusivamente com entregas em domicílio ou na frente do estabelecimento, mas sem o cliente entrar no ambiente. “Mas para isso a empresa terá que obedecer as orientações de afastamento de funcionário de grupo de risco, uso de equipamentos de proteção e distância”, explicou o coordenador geral do município, Carlos Alberto Facco.
Evitar aglomerações é o principal foco das medidas e isso, segundo o secretário, terá uma fiscalização mais rigorosa. “Fica proibida a circulação de pessoas em locais públicos, bem como espaços privados. Supermercados e agências bancárias ficarão responsáveis também por organizar filas do lado de fora”, explicou Facco.
A punição para o descumprimento das orientações vai de multa de R$ 500,00 a R$ 25 mil até a cassação do alvará. Uma lista de atividades consideradas essenciais por decreto estadual também é citada no decreto municipal, que inclui indústrias e construção civil. Velórios e sepultamentos continuam seguindo o protocolo recomendado pela Saúde.
“Esse é um momento muito difícil. Não é uma guerra da Saúde contra a economia. A administração municipal também tem prejuízo com arrecadação e o trabalho vem sendo feito com toda dedicação para que o mais breve possível possamos voltar”, frisou Facco.
O prefeito reforçou que a Santa Casa aguarda a chegada de equipamentos de mais nove leitos de UTI credenciados pelo Estado e o município solicitou ainda mais 25 leitos. “A gente sofre para tomar decisão, sabemos de todo o prejuízo econômico, mas sabemos também da estrutura de saúde que temos. Não adiante ser fazendeiro, empresário, a crise é mundial”, acrescentou.