Quando a profissão da mãe passa para as filhas

Rita de Cássia Zamoro Libanio sempre quis ser professora, desde a adolescência. Conseguiu realizar o sonho após o casamento. O que ela não imaginava é que as duas filhas, Fernanda e Liliane, iriam segui-la na profissão. Hoje as três trabalham na rede municipal de ensino em Campo Mourão. 

A história é parecida com a da empresária Fabíola Cristina Ribeiro Casoto. As três filhas dela, Priscila, Pamela e Poliana, também atuam no comércio, junto com a mãe, atendendo a clientela na loja da família. Embora em diferentes áreas, as duas mães compartilham do orgulho de influenciar as filhas, inclusive no campo profissional.

“Gosto muito que elas estejam atuando na educação. A gente senta, discute, fala sobre nossos alunos, as relações, é bem bacana essa troca. Quando nos reunimos o assunto acaba indo para a área da educação”, comenta a professora Rita, que trabalha nas escolas municipais Florestan Fernandes e Gurilândia.

Para Fernanda (a mais nova), ter o apoio da mãe até na profissão é gratificante. “Trabalhamos na mesma escola por três anos. Amo muito minha mãe e é um suporte pra gente, uma segurança, aquele apoio que ela passa não só na profissão como na vivência, pela experiência que tem”, comenta Fernanda, que atualmente trabalha no CMEI Nossa Senhora Aparecida. 

Liliane, que também já é mãe, é pedagoga e está terminando o curso de Geografia. “Só quando a gente é mãe que vê que ela sempre está certa. É um privilégio ter a mãe ajudando a gente nas dificuldades e tenho muito amor pelos alunos, porque eles veem a gente como uma segunda mãe também”, enfatiza a professora, que exerce a profissão na Escola Municipal Clarinha Casemiro.

Comerciantes

Há 20 anos no ramo do comércio, Fabíola fica emocionada ao falar da relação com as filhas. “É muito bom ter elas junto. A gente se sente motivada ao ver que elas também têm paixão pelo que fazem, sem falar na relação de confiança e proximidade”, revela a empresária.

Mas ficar o tempo todo juntas, tem os prós e contras. “Dividir o profissional do pessoal, ao mesmo tempo que facilita às vezes também acaba desgastando o convívio familiar. Mas os laços familiares são mais fortes e tem dado muito certo”, afirma Fabíola. 

A filha mais velha, Priscila, que também é mãe, reconhece que no começo não foi fácil atuar na mesma profissão, no mesmo ambiente. “A gente acabava misturando um pouco as coisas, mas depois vai ficando natural. Dentro da loja somos funcionárias, tanto que aqui chamo ela de Fabíola. Na hora que é preciso levar um puxão de orelha também temos que compreender. Temos os mesmos sonhos, as mesmas dificuldades  e isso nos une muito”, relata a filha.

Para o Dia das Mães, a professora e a empresária deixam um recado. “Que as mães estejam presentes na vida dos filhos, pois a gente percebe a criança que tem maior respaldo da mãe. Essa fase da criança passa muito rápido. A mãe faz a diferença para a vida toda”, afirma a professora Rita.  “Uma mãe, longe ou perto, tem um laço muito forte. Elas estão sempre presentes em oração. Podemos sofrer de saudade, mas o coração está próximo”, diz Fabíola.