Rubens Bueno cobra do ministro da Educação informações sobre apoio para escolas rurais

O deputado federal Rubens Bueno (Cidadania-PR) enviou ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, requerimento cobrando informações sobre as ações que a pasta está adotando para garantir condições aos estados e municípios para o oferecimento de aulas virtuais nas escolas rurais, enquanto durar a pandemia do novo coronavírus. 

No pedido, o parlamentar questiona qual o suporte está sendo disponibilizado para que estados e municípios mantenham aulas virtuais; quais as metodologias de transmissão dos conteúdos escolares estão sendo adotadas; e qual o percentual de municípios no Brasil que têm disponibilizado aulas virtuais para os estudantes da área rural.

“O aumento no número de casos de Covid-19 no Brasil levou à suspensão de aulas da rede pública e privada em todo o país. A medida serve para evitar aglomerações e deslocamentos. Segundo autoridades de saúde, uma das melhores formas de combater a transmissão do vírus é ficar em isolamento social. Sem aulas, estabelecimentos de ensino têm adotado a educação à distância (EAD), com uso de computadores, celulares e atividades complementares, para dar continuidade à aprendizagem das crianças. Mas nem todos os estudantes, principalmente os da área rural, têm acesso a computadores ou internet de qualidade. Nesse sentido, é necessário a adoção de medidas de apoio, por parte do Ministério da Educação, para dar suporte a essa operação”, justifica Rubens Bueno no pedido.

Segundo a pesquisa TIC Domicílios, divulgada em 2019, apenas 44% dos domicílios da zona rural brasileira têm acesso à internet. Na área urbana, o índice é bem mais alto: 70% dos lares estão conectados. O estudo, feito anualmente pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), é um dos principais no país no segmento de acesso a tecnologias.

As diferenças ficam ainda mais evidentes ao se analisar cada classe social: entre os mais ricos (classes A e B), 96,5% das casas têm sinal de internet; nos patamares mais baixos da pirâmide (classes D e E), 59% não conseguem navegar na rede.

“Nesse sentido, é importante que possamos ter conhecimento de como os estudantes que vivem na área rural estão recebendo os conteúdos programáticos e se esse ministério tem trabalhado no sentido de dar apoio para estados e municípios nesta missão”, diz o deputado, que é professor, e que lembra ainda que a Câmara dos Deputados já aprovou projeto para que os itens da merenda escolar sejam disponibilizados para as famílias dos estudantes.