Jorge, Ezequiel e Marlene. Mesmo sem obrigação de votar eles foram às urnas
Pela Constituição Federal, pessoas acima de 70 anos não tem obrigação de votar. No entanto, mesmo com este ‘benefício’ muitos não abrem mão do direito ao voto e fazem questão de exercer a cidadania, manifestando sua vontade política neste domingo (15).
A TRIBUNA ouviu hoje pela manhã três eleitores. Eles têm 74, 78 e 80 anos. Poderiam simplesmente usar a idade como justificativa para não comparecerem às urnas. Mas fizeram justamente o contrário. Deram exemplo de cidadania e responsabilidade aos mais jovens.
Ezequiel Luiz Slompo é agricultor. Tem 80 anos de idade. Era quase 8 horas quando chegou ao Sesc para votar. Bastante atencioso, parou para atender a TRIBUNA. Disse que nunca perdeu uma eleição. Votou em todas. “Eu tenho orgulho de votar. Quero ver a cidade progredir. Por isso é importante o voto consciente. O voto tem poder de construir ou destruir uma cidade. Por isso deve ser levado a sério e com muita responsabilidade por quem quer que seja”, resumiu.
A dona de Casa Marlene Pinto Slompo, 74, também votou no Sesc. Disse que vota com prazer. “É obrigação de cada um de votar. Todo mundo deveria fazer sua parte”, falou. Ela chamou atenção que quem não vota não tem direito de reclamar depois. “Muito importante escolher o candidato certo. Considerar suas propostas. É preciso ficar de olho aberto para não cair no conto do vigário”, alertou, sorridente.
Mesmo com dificuldades de locomoção, Jorge Massao Yokada, 78 anos, é outro eleitor que não tem mais obrigação de votar, mas mesmo assim fez sua parte. Pensa em um japonês porreta. Mesmo de poucas palavras. Era por volta das 9 horas quando ele já deixava o Colégio Unidade Pólo, onde vota. “Enquanto eu estiver conseguindo andar venho votar”, falou. Yokada disse que 'vota hoje para cobrar a amanhã’. “Nunca se pode abrir mão do voto. É nosso direito e dever também. Sem voto não tem democracia. E chorar depois do leite derramado não adianta”, resumiu ele.