Projeto visa coleta de DNA de familiares de desaparecidos

A Secretaria de Segurança Pública do Paraná lançou a campanha “Coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas. Trata-se de um projeto do grupo de trabalho da Rede Integrada de Banco de Perfis Genéticos (RIBPG), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Na tarde desta sexta-feira (11), o delegado chefe da 16ª Subdivisão Policial de Campo Mourão, Nilson Rodrigues da Silva, explicou sobre o projeto à imprensa.

Segundo ele, serão coletadas amostras biológicas de familiares para exame de DNA e inclusão no Banco de Perfil Genético. O trabalho englobará todas as polícias científicas do Brasil, tornando mais fácil encontrar o paradeiro de pessoas desaparecidas em qualquer lugar do país. Os institutos de Criminalística de todo o país aproveitaram o Dia Internacional das Crianças Desaparecidas (25 de maio) para iniciar o incentivo à doação de DNA, que começa dia 14 de junho.

“Sobre os casos de desaparecimentos na comarca de Campo Mourão já expedimos intimações para os familiares e noticiantes, para que todos se façam presentes na próxima segunda-feira, às 9 horas, para orientações e encaminhamentos para o IML local”, revelou o delegado. Ele lembra que para isso os familiares devem ter um registro ou ocorrência policial aberta de desaparecimento de pessoa por um período mínimo de 30 dias (podendo variar conforme a circunstância do desaparecimento). 

A campanha vai coletar amostras biológicas de dois familiares de primeiro grau, seguindo a ordem de preferência, com os pais em primeiro, depois filhos, pai-mãe do filho e os irmãos. As amostras poderão ser confrontadas com restos mortais não identificados (ossada) e pessoas de identidade desconhecida cadastradas no Banco de Perfis Genéticos, exclusivamente para fim de identificação humana”, esclarece o delegado.

Até o ano passado, o Banco Nacional de Perfis Genéticos contava com mais de 91 mil cadastrados, sendo mais de 5,5 mil mapeados pela Polícia Científica do Paraná. O dado coloca o Estado na 6ª posição com a maior contribuição absoluta de perfis genéticos no Banco Nacional.

 “Caso os familiares não tenham registrado Boletim de Ocorrência de desaparecimento de pessoa, que registrem. Este registro pode ser feito tanto no Plantão Policial de uma Delegacia de Polícia quanto pela Delegacia Eletrônica (https://www.policiacivil.pr.gov.br/BO)”, explica o delegado. De posse do registro da ocorrência, os familiares devem comparecer até a Polícia Científica, que no caso de Campo Mourão é anexa ao Instituto Médico Legal (IML), para agendamento das coletas ou apresentações de materiais.