O vergão do deputado Vargas

O perigo do pau verde é ter um seco ao seu lado; pega fogo no seco, morre o verde queimado

(Anônimo)

            No dia 23 de fevereiro deste ano o tema principal da Coluna foi o lado negativo de muitos políticos paranaenses. Paraná Vexame Nacional iniciou narrando o fato do perigo iminente de Curitiba ficar fora da Copa devido ao atraso das obras da Arena. Além da retrospectiva negativa da política em nível nacional, fiz referência ao condenado e fujão/preso Henrique Pizolato, e também a inconveniência do vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT), quando não cumprimentou o presidente do STF Joaquim Barbosa. Vargas evidenciou não engolir a condenação dos companheiros aloprados à cadeia, gesticulou mandando uma banana ao ministro do Supremo Tribunal Federal. O comentário acrescentou o uso incorreto vocabular, Vargas escreveu cutuvelo em vez de cotovelo.

            Quase dois meses depois Vargas é manchete em todos os jornais, novo vexame para os paranaenses que tem um pouco de vergonha (nem carece muito): ao viajar em férias no jato particular do amigo preso pela Polícia Federal, o doleiro Alberto Youssef. O tráfico de influência é notório, mas o deputado alegou, foi imprudência, inventando depois outra desculpa esfarrapada,  a secretária dele iria pagar a viagem estimada em 100 mil reais. Como a emenda ficou pior que o soneto sobretudo pelas gravações, a licença dele é para preparar a defesa. Se não tivesse nada de errado ele não se vergaria. Ademais, 60 dias é para fugir dos holofotes, pois  não iria perder (quando tenta desesperadamente ganhar) tempo com tamanha demora na licença. Ao escabujar, o escroque deputado sabe que só cresce a chance de ser ejetado da Câmara. A falta de decoro não exigirá constituir peça jurídica, seja para a cassação ou para a defesa, salvo se for de pleno artificialismo.

            Os 10 bilhões de dólares que levaram Youssef à prisão não é nada comparados com 10 mil reais que o vergado Vargas foi condenado pela Justiça a devolver à época da administração municipal de Londrina, gestão de Antônio Belinatti (1996-2000).                    

Fases de Fazer Frases (I)

            Manter-se novamente em pé poderá ser preciso uma mão.

Fases de Fazer Frases (II)

            Não tem graça ser simples, mas a graça é ser simples.  

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)

            Por falar no André Vargas, o parlamentar petista usou uma rede social e confirmou que prepara a defesa dele: que irá encarar de frente. É mais um tropeço gramatical, (a se somar (cutovelo), pois encarar só pode ser de frente.      

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)

            Não foi armação, manchete desta Tribuna ao noticiar a conclusão do GAECO – Grupo de Atuação Empresarial de Combate ao Crime Organizado. O caixinha  existiu. Caberá à Justiça fazer a parte dela. Depoimentos contraditórios e falso testemunho foram a tônica. Resta aguardar os desdobramentos. A sigla GAECO quanto a crime organizado, se fosse completamente organizado não seria relativamente fácil comprovar que não se trata de armação. E a brasa espaiada que incendiou reputações, poderá causar mais fogarel, além de já ter queimado a si mesmo.     

Olhos, Vistos do Cotidiano (III)

            A morte da onça parda (puma) atropelada recentemente na rodovia Campo Mourão-Peabiru é lamentável, a perda de um animal macho jovem a aumentar possibilidades de extinção, e são poucas as áreas nativas e as que são devidamente conservadas. A aproximação ou presença no meio urbano de espécimes silvestres se dá pela limitação ou fim da cadeia alimentar natural. 

Reminiscências e Preto e Branco

            Um 10 de abril sempre na memória, título do artigo (publicado quinta passada na Tribuna) do deputado federal Rubens Bueno (PPS) que registra os 19 anos da aula inaugural em Campo Mourão do CEFET – Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná, hoje Universidade. Então prefeito, rememora a trajetória para implantar uma das mais importantes referências do ensino. Para a minha honra, ainda que não carecesse a menção, agradeço publicamente por citar este colunista: … o que ficou na memória, porém, foram os compromissos assumidos e cumpridos. Como os esforços do professor Ataíde Ferraza e do escritor José Eugênio Maciel.  Noutro trecho, acrescenta Bueno: E Maciel lembramos pela gestão à frente da secretaria municipal da Educação quando defendeu, na Câmara Municipal, ou onde quer que estivesse, a doação do terreno para a instalação do câmpus. Assim com todos nós à época, antevia-se então a importância do projeto para Campo Mourão. Obrigado!