Dispersa, a Comcam não disperta
A união é uma ligação entre perseverança, esforço e dedicação.
Gabriel Bastos
O presidente da COMCAM – Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão, Fábio Aparecido D’ Alécio está prestes a concluir o mandato a frente da mencionada entidade. Embora deva chamar a atenção, ainda que não seja absolutamente novidade, Fábio D’ Alécio, que é prefeito de Ubiratã e está no seu segundo mandato em gestão municipal, declarou o descontentamento por não ser ainda possível a união de todos em torno de postulações de interesse e necessidade da região. Intitulado Região precisa unificar bandeira de luta, diz D’Alécio, o Sítio Boca Santa noticiou o desabafo na edição da sexta passada, aqui não tem essa de ‘união faz a força’, sintetizou a realidade política da região.
Então a COMCAM está mesmo longe de ocupar um lugar de relevo no sentido da representação dos interesses de toda a região, que não são os dos prefeitos em si mesmos, mas o interesse público capaz de aglutinar forças e promover o desenvolvimento econômico e social, por exemplo.
Quando ele recém tinha assumido a presidência da COMCAM, tive a oportunidade de dialogar com Fábio D’Alécio, ele fez várias observações muito pertinentes á nossa região, a começar pelo fato de os prefeitos em sua maioria estarem voltados praticamente para o âmbito administrativo local, a gerenciarem problemas e desafios de suas respectivas municipalidades.
O interessante no estatuto da Entidade, já no seu Artigo terceiro, inciso I, a COMCAM tem como objetivo elaborar estudos e planejar obras e serviços que atendam aos interesses da região, no inciso V ela deve fomentar e sugerir a criação de consórcios intermunicipais… (…) e ainda cabe citar o inciso VII, conjugar recursos técnicos e financeiros da União, Estados e Municípios associados Foram públicas e notórias as reuniões nas quais constatou-se poucas presenças e efetivo interesse em fortalecer a região, embora Fábio D’Alécio não tenha deixado de buscar a mobilização.a conclamar prefeitos e equipe, mas a vontade e responsabilidades deles tem deixado muito a desejar. De fato não é a COMCAM a que irá mudar mentalidades, é preciso que a mentalidade dos prefeitos seja maior e melhor. É evidente que prefeito algum deve se descuidar dos seus problemas municipais, mas é preciso enxergar que determinadas soluções, principalmente em termos macroestruturais não estão em suas cidades, nelas sim, ao mesmo tempo que nas demais. Infelizmente quando reúne maior número de prefeitos é porque alguma autoridade de maior peso comparece, e é comum o oba oba da bajulação, sem que revindicações sejam concreta e firmemente debatidas, assumidas e cobradas conforme o caso.
Outra constatação que Fábio faz, publicamente ou tomando por base outras conversas que tive com ele, é que a região Oeste sediada em Cascavel, lá a maturidade política é outra, a cobrança é feita por haver a definição de interesse comum clara e anteriormente definido. Em outras palavras, os paranaenses oestinos possuem maior e mais competência política, tem projetos definidos.
Fábio é um dos poucos que enxerga a necessidade de uma união regional, ele que, sem se descuidar de Ubiratã como prefeito, tentou fazer da COMCAM uma entidade forte, de respeito, local de debates e elaboração de projetos e planejamentos que representem o crescimento de toda a região. Teve até a inspiração do seu saudoso pai que, ao dirigir a COMCAM, conseguiu viabilizar o CISCOMCAM – Consórcio Intermunicipal de saúde da COMCAM que também foi uma luta, mas é fato que a visão político-administrativa do Valdir d’Alécio e da maioria dos prefeitos à época era clara, dinâmica e coerente, o que infelizmente falta hoje.
Se numericamente a região tem média densidade populacional e eleitoral, isso não pode nos acovardar em reivindicar que os poderes públicos federal e estadual deem a atenção devida às nossas demandas. Para isso é impostergável ter bons projetos, vontade e determinação de todos, incluindo a sociedade civil através das suas entidades de representação, como adverte Fábio.
Fases de Fazer Frases
Quando o ser humano percebe que as circunstâncias são maiores, ele não se apequena.
Olhos, Vistos do Cotidiano
Sobre o Artigo aqui publicado, A Zombaria calhorda e desumana contra o Jorel, registro as manifestações: O médico Fernando Dlugosz escreveu, belas colocações sobre o comportamento em relação ao Jorel. É lamentável mesmo, concluiu a economista Estter R. Moraes. A dona de casa Rosira Brisola Maciel, indaga: Será que querem mais um Tiririca?
Gostei muito do seu Artigo, observou Fábio Sexugi, que acrescentou, não é certo que os veículos de comunicação promovam a zombaria contra um rapaz com diversos problemas.
Em achava engraçado, sem me dar conta do absurdo que cometia ao colaborar com ato tão desumano. Graças a você, pude abrir os olhos. Gostei tanto do que escreveste que passei a ler todas as colunas anteriores, já me considero o seu fã. Parabéns!, escreveu Maria da Silva Oliveira, costureira.
Reminiscências em Preto e Branco
Perdas significativas em fevereiro que se estendem bem além das respectivas famílias e amigos, mas para os mourãoenses de uma maneira geral elas são sentidas..
Dia 16, aos 48 anos Paulo Cézar Fantinati prematuramente deixou o nosso convívio. Fotógrafo talentoso e dedicado, trabalhou nos mais importantes jornais, entre eles a Folha de Londrina e o Estado do Paraná. Ele foi dos tempos de existir todo o cuidado em colocar o filme e depois revelá-lo, além, é claro, do enquadramento e angulação, o que conseguia com acuidade. Fotografava como um poeta ou filósofo, aliás outra qualidade, a reflexão crítica a cerca da existência e sentido do homem no Universo.
Orovaldo Aparecido Colchon tinha 50 anos e morreu no último dia 17. A família Colchon é tradicional e muito querida em C. Mourão. Sorriso largo, sempre bem disposto, era peculiar nele a sinceridade ao realizar negócios como vendedor. Atencioso, tinha muitos amigos, sendo para com eles muito prestativo. Uma outra qualidade, não guardava rancor algum, procurava superar as adversidades olhando e caminhando para frente, se possível com muito bom humor.
A família Teodoro é numerosa e tão grande quanto a história dela em nossa região, desde os primeiros momentos deste lugar outrora inóspito. E tão grande era o coração dela, sempre ávido em estender a mão. Tinha um orgulho imenso pelos seus, assim como por esta terra. Adelaide Teodoro de Oliveira sabia apreciar uma boa prosa e era uma excelente contadora de causo e testemunha de fatos marcantes, dos tempos de meninice aos dias atuais. Deixou um legado rico, a simplicidade, para ela, a vida era bela. Aos 77 anos, dia 19.