Combate à burocracia

Nada que não se tenha visto por aqui. Com excesso por sinal. Hoje uma das maiores economias do mundo, pelo andar da carruagem nos próximos anos a maior, vê-se a braços com situações que aos brasileiros são banais. O novo líder chinês, Xi Jinping,  assume o comando do país com a preocupação de combater a corrupção que, por lá, apesar de ser um país que pratica um comunismo oportunista, com as convicções ideológicas da ultra-esquerda e aproveitando as vantagens do capitalismo, já se faz presente (ela está onde o dinheiro gira); também a burocracia, esta própria de regimes estatizados. Como o nosso que tem estatais cujo único compromisso é em favor do governo e de si mesma, através o aparelhamento (ocupação pelo partido), como ocorre com a outrora importante Petrobras. No caso brasileiro uma democracia estatizada, conveniente para um partido que assume o poder, usada em seu favor para perpetuar-se no mando. Democracias plenas só em países desenvolvidos, não naqueles em que a liberdade tem prazo fixo para acabar. Basta atentar para as alternativas ocorridas no Brasil, mudanças a cada 25, 30 anos, para saber do que se está falando. No cenário que se anuncia por aqui, um fato novo. O secretário com status de ministro que vai assumir a recém criada secretaria de apoio às pequenas e médias empresas, Afif Domingos, hoje vice governador de São Paulo, se permanecer fiel aos princípios que defendia quando militante do Partido Liberal, é um combatente figadal da burocracia. Tomara leve para o governo, contagiando-o, a frase que cunhou naquela época em repúdio à burocracia: No Brasil cria-se dificuldades para vender facilidades.

Previsão confirmada

A coluna previu que o assunto poderia vir à tona. A derrubada do veto da presidente à forma como os royalties do petróleo continuariam a ser distribuídos, trouxe à baila um velho tema da Constituição de 88, altamente prejudicial aos estados produtores de petróleo e geradores de energia elétrica. Rio, São Paulo, Espírito Santo, a prevalecerem suas lutas pela mudança na cobrança do ICMS, beneficiarão o Paraná.

Ah, as frase de efeito!

Quando a coluna se referiu ao assunto e aos prejuízos decorrentes da cobrança do ICMS no consumo e não na produção, como em outros casos, citou um prejuízo anual de R$ 600 milhões para este estado. Hoje é muito mais; o Paraná é prejudicado em R$ 1,1 bilhão por ano. Mesmo que corra o risco de atrair para si a imagem que tascou em Gustavo Fruet, de ficar choramingando pelos cantos, o governador Beto Richa tem o dever de lutar por essa mudança.

Última forma

O novo presidente venezuelano, Nicolás Maduro (uma espécie de Sarney venezuelano pela forma que assumiu o cargo –Sarney pela morte de Tancredo quando Ulisses, presidente da Câmara é quem deveria assumir e convocar nova eleição), não para de surpreender. Depois de anunciar que o corpo de Chávez seria embalsamado e exposto para sempre numa urna transparente, informou que não será possível embalsamá-lo por conta de ter passado do tempo.

Campanha feroz

A campanha naquele país por sinal aumenta em  agressividade. Desafiado pelo oposicionista Henrique Capríles a um debate, Maduro exigiu um pedido de desculpas à família de Chávez. Ao desculpar-se Capriles  para quem Maduro é uma má imitação de Chávez, afirma que jamais dirigiu ofensas pessoais ao líder morto e seus familiares. Mas afirmou que Nicolás  não tem resposta para nada. O país não precisa mais de improvisos.

Em choque

Para o deputado Eduardo Sciarra (PSD), o mau humor dos deputados de estados produtores de petróleo, pode ajudar o Paraná em sua luta pela mudança da cobrança do ICMS da energia elétrica. O fato de eles estarem mordidos por causa dos royalties ajuda bastante afirma o parlamentar paranaense. O apoio aumenta com Mato Grosso (norte  e  Sul) com gás e Tocantins, Pará e Rondônia, futuros exportadores de energia.