Lei moralizadora

A cada dia em que a eleição se aproxima, fatos novos começam a ocorrer nos bastidores das políticas municipais. Tem razão quem vê nessa a mais difícil eleição entre todas as que são realizadas. Especialmente nos pequenos municípios em que  viram briga de foice. Sabidamente tais lutas com arma branca são as mais feias, se é que foice pode ser encarada como tal. Não competem porém com as cenas protagonizadas pelos gênios do mal; e os há em todas as campanhas. Sorrateiras, maldosas, por vezes envolvendo a moral do adversário, tais cenas  influenciam de tal maneira uma campanha que levam seus personagens à vitória ou à derrota.Os de melhor memória têm ainda em mente uma estória que influenciou decisivamente o futuro político de um ex-governador, agora senador. A farsa inventada por seus assessores foi tão bem montada que convenceu. O Ferreirinha ficou associado à imagem do vencedor. O único senão é que o acompanha até hoje, decorridos 22 anos. Um dos personagens, o jornalista que entrevistou o suposto pistoleiro, hoje um festejado profissional de comunicação, não gosta nem que o lembrem do episódio. Todo esse prólogo é para lembrar que estamos no  momento mais crítico da campanha. Em Curitiba e nos demais 398 municípios, é quando surgem situações inusitadas, capazes de levantar ou enterrar uma campanha de prefeito. Para boa parte deles que concorre tendo a ficha limpa como espantalho, pelas malfeitorias  cometidas em outros mandatos, uma preocupação a mais. Como tantos que não encerraram o mandato, alguns vitoriosos nem deverão começá-lo. Nesta altura valerá o dito popular: pior do que não ganhar é ganhar e não levar. Que venham neste país, outras leis igualmente moralizadoras.

Clima…

Os que moram nas cidades sem origem no campo, especialmente nas maiores, não avaliam o quanto esse calor fora de época, entremeado com clima seco, vai ter reflexo em anos próximos. Neste momento, em grande parte do interior onde a soja e o milho são abundantes, as primeiras folhas já deveriam estar aparecendo. O plantio retardado comprometerá a produtividade. 

… preocupante

Isso acontece quando os EUA, maior produtor do mundo, vive sua maior crise agrícola, Acrescente-se o fato de lá, o etanol ser produzido à partir do milho e se terá a explicação para os altos preços alcançados por soja e milho que inviabilizam as criações de suínos, bovinos e aves (frango especialmente) aqui no Paraná e no Brasil.  

Correndo contra…

Finalmente, com o governo fazendo uma concessão inesperada, o projeto do novo  Código Florestal acabou sendo aprovado na Câmara. Com o texto definido na Comissão Especial que privilegia agricultores em cujas terras passam pequenos rios, diminuindo a largura das margens a serem recuperadas.  

…o tempo

A derrota do governo, tendo que se curvar à força da bancada ruralista, tem explicação. Se não aprovado até esta quarta-feira não haveria tempo hábil para sua aprovação no Senado até o dia 8 de outubro, data limite de validade da Medida Provisória com que o governo tentou impor o novo Código.

Descrença

Os ditos populares são freqüentes nas pequenas urbes brasileiras. Entre milhares deles, este: Burro velho perde os dentes mas não perde a balda (hábitos). É o que parece estar acontecendo com José Dirceu, o mais importante personagem do mensalão. Às vésperas de ser julgado, ele blefa: Se alguém tem a ilusão de que me condenando vai me derrubar, pode tirar o cavalinho da chuva. Como se vê, não acredita na sua condenação! 

Em choque

Uma vitória o atual presidente da Assembleia Legislativa já obteve: a antecipação da eleição da nova Mesa Diretora da Casa de Leis para outubro. Será entre os dias 15 a 20 de outubro. Por enquanto Valdir Rossoni está sozinho na disputa por uma reeleição. O nome do primeiro vice, Artagão Jr., do PMDB não deve resistir a um apelo de seus companheiros para compor a  chapa liderada por Rossoni.