Desatenção total

Talvez em nenhuma outra atividade se aplique o dito popular: dia de muito é véspera de nada, como no agronegócio. Até por que sendo uma atividade sujeita ao humor do tempo, num  país continental, quando sobra aqui falta alí. Na agricultura e por conseguinte na pecuária, especialmente a leiteira, sem considerar o estrago que a quebra da safra americana, argentina e de outros países produtores está fazendo no milho, na soja, colocando na balança uma verdade do campo – safra ruim preço alto, e vice versa, o Brasil vive uma crise. Nela há inúmeros componentes. O principal talvez seja o fato de que o governo trata agricultores como brasileiros de segunda e terceira categorias. Os mais organizados em cooperativas e até com poder político, com uma bancada ruralista e uma senadora que é (ou foi) presidente da Confederação Nacional da Agricultura, perdendo espaço porém para os de menor poder político, como as categorias funcionais públicas que quando entram em greve abalam os alicerces do país. No entanto, por serem dispersos, os agropecuaristas, gado de corte e leiteiro, suinocultores e avicultores, categorias importantíssimas até na sustentação da balança de pagamentos, recebem pouca atenção. Fora de outra maneira estariam merecendo do governo a mesma preocupação que as montadoras de veículos e da linha branca. E pensar que essa atividade que sustentou o Brasil desde o tempo da monocultura do café, recentemente garantindo o sucesso do Real e agora, sendo a salvação da lavoura quando a indústria perde força, é tão mal cuidada neste país. Para atender a quebra de safras lá fora, o milho e a soja de exportação salvam a economia de um país que aqui  joga  pintainhos, bacuris e vitelas no lixo. Um  país que ainda tem gente passando fome!

Preocupante!

Informação passada pelo deputado Elio Rusch (DEM) preocupado com a crise que atinge o agronegócio, complementa as informações do comentário acima. Além das perdas de preços no leite (situação que se repete em outras áreas), o crescimento no preço dos insumos do qual o Brasil pouco cuida, permanece em alta. Os preços da produção  oscilam. O dos insumos cresce e fica onde está!

Honrando compromissos

Enquanto a presidente Cristina Kirchner, da Argentina, determina bloqueio à exportação de produtos para o Brasil, aqui, como insistiu a presidente Dilma em recente pronunciamento,  honra-se compromissos como aqueles assumidos com a Bolsa de Chicago (contratos futuros de cereais). Milho por exemplo, de uma anunciada super-safra que ao invés de ficar aqui alimentando carne (frangos e suínos), vai para os EUA virar etanol. Pena que tenhamos dado tão pouca atenção ao etanol de cana-de-açúcar!

Ídolo

Tão importante quanto o negro que virou ídolo nos EUA, Martin Luther King, assassinado como John Kennedy, o ministro Joaquim Barbosa do STF está merecendo o respeito de todos os brasileiros que imaginavam jamais ver um malandro agulha deste país chegar às barras da lei. Se prisão não ocorrer, pelo menos fica o simbolismo do julgamento e o respeito pela sua figura. Enquanto isso…outros!

Decisão infeliz

As mudanças ocorridas na Comissão de Ética Pública da Presidência, a se julgar pelas informações vindas de Brasília, não acrescentam  ao juízo de valor que se faz dos últimos atos da presidente Dilma. Substituir membros por terem recomendado a demissão de Carlos Lupi (Ministro do Trabalho) ou quem comandou a investigação sobre Antonio Palocci, não ilustra seu currículo.

Em choque

Ao invés de usarem as ferramentas da Internet para interagirem com os internautas, os sites de candidatos teêm servido apenas para divulgação de agendas. Poucos textos e programas dos candidatos. O que ocorre com os principais candidatos da capital, deve também estar ocorrendo com os candidatos das principais cidades do Paraná, numa campanha  que prima pelo pouco entusiasmo, fruto talvez do desencanto.