Medidas providenciais
Os problemas que a presidente Dilma anuncia atacar, merecem aplausos. Talvez uma inversão na ordem fosse oportuna. Juros altos, câmbio que prejudica as exportações, especialmente as industriais e, altos impostos, estão na sua mira. A inversão se deveria a fatores como algumas das prioridades, terem maior ou menor valia. De parte dos juros altos boa fatia dos brasileiros pode se livrar: aqueles que estão na faixa da pobreza sem capacidade para adquirir bens. Ainda são milhões. O câmbio já fez estragos e é saudável que melhore a competitividade da maioria dos setores industriais. Inclusive porque com a crise internacional, a tendência das commodities que têm sustentado a balança comercial brasileira, é perderem preço. Agora os impostos altos atingem a todos, até ao miserável que nestas frias noites tenta enfrentar as intempéries recorrendo ao álcool. Em matéria que a jornalista Miriam Leitão fez na primeira favela pacificada do Rio, um expert explicava que a produção da energia elétrica, especialmente a originada nas usinas hidrelétricas, é a mais barata do mundo. Chega cara ao consumidor, seja ele granfino ou favelado, por causa dos altos impostos. Por aí vai! Valeria até implantar no Brasil uma medida comum em países do primeiro (!) mundo: em nota fiscal de compra, constar o quanto de imposto está embutido no produto. De qualquer modo, só a intenção da presidente de combater esses males que pareciam fadados a serem eternizados no país, já é um avanço. Inteligentemente ela bateu de frente com os bancos na questão dos juros, somando mais gordura à sua já suculenta avaliação. Suficiente para gastar um pouco desse super-prestígio mexendo num dos ícones da economia popular: a caderneta de poupança. O último que mexeu com ela, deu-se mal.
Primo pobre
Estranho o título que identifica a República Federativa do Brasil. Para começo de conversa arrecadações em vários impostos e contribuições vão direto para Brasília que depois redistribui a seu critério. Um deles o FPM, composto por IR e IPI. Já viu o leitor mais atento o que acontece. Cada vez que o governo socorre um setor, abrindo mão de impostos, o FPM cai. Se houver uma crise que também diminua o ICMS, o prejuízo municipal é maior ainda.
Extremos
Prova-se assim a inversão de valores que ocorre na nossa federação. O povo vive, trabalha e produz no município. Teoricamente a célula mater do país. Deles sai a produção que, devidamente tributada, gera os recursos de que Brasília vai se abastecer. O retorno aos estados e municípios ocorre depois da voracidade brasiliense satisfeita. Se ocorrerem problemas os estados e municípios que se virem. Caso presente em várias regiões do Paraná, como a oeste, em que o FPM caiu quase 30% em abril. Enquanto isso Brasília anuncia todo mês recordes de arrecadação.
Investimentos estaduais
Municípios pequenos quase só têm esse Fundo como renda; vivem à míngua. Para todos uma boa nova estadual: o DER (estadual) vai investir R$ 840 milhões no Programa Estadual de Recuperação e Conservação de Estradas Pavimentadas. Nas suas rodovias. As federais que compõem a malha concedida ao estado e pedagiadas, dependem ainda das negociações em andamento. Pelo que já ganharam até agora com os altos preços praticados, concessionárias precisam dar alguma coisa em troca.
Inconsequência
Não será com frases com que tenta desqualificar o trabalho desenvolvido pelo Gaeco, hoje está nas mãos de adversários políticos, que o prefeito de Londrina, Barbosa Neto, vai livrar a si e a companheiros das ações que levaram a Câmara Municipal londrinense a criar a CPI que investiga utilização de agentes de segurança pagos pelo município, atendendo a sua Rádio.
Em choque
Uma afirmação popular de grande sabedoria alerta administradores públicos que por tantas vezes praticarem malfeitorias, acabam acreditando na impunidade: Tantas vezes vai o vaso à fonte que um dia quebra.