Planejamento ineficaz

Economistas já acenavam para a possibilidade. A expansão excessiva do crédito especialmente no mercado automobilístico, poderia criar uma espécie de bolha, como  a que gerou a crise americana. Agora o governo vem com medidas pontuais, mas o clima no setor está longe da tranqüilidade. As financeiras, com o pátios lotados de carros recuperados, já reduzem as  prestações a médio prazo dada a inadimplência. Era inevitável! Bastava um pouco de bom senso, nem precisando ser do ramo para enxergar o que vinha no horizonte econômico. Problema que já está colocando de antenas ligadas os agentes do setor imobiliário. Curitiba por exemplo, com o número de prédios em construção já aparenta estar chegando no limite. Já há recomendações, pelo volume oferecido e pelo aquecimento dos preços, de que não é hora para comprar. A tendência segundo especialistas é estabilizar nos preços atuais, embora altos e reduzir os investimentos empresariais no setor. Em tudo isso fica uma lição.  Talvez o grande problema deste país eufórico, especialmente o próprio governo com o seu desempenho, seja a falta de planejamento. Aparenta-se dançar conforme a música. Daí se ter um alto custo Brasil para o qual só há meias-solas quando a gravidade do momento obriga. Caso de agora para a própria indústria automobilística. Redução geral de impostos para estimular as vendas, nem pensar. De tanto cuidar dos anéis, um dia o próprio governo pode perder os dedos. Não há economia que resista a tanta insensatez. Enquanto o bom senso não vem, vamos continuar a assistir matérias como as do Fantástico sobre a BR-101 (só focalizaram o trecho mineiro). Quando uma empresa pública vai mal, muda-se o nome: antes era DNER. Agora DNIT. Superfaturamentos  e incompetência permanecem!

Sem rumo

A CPMI por enquanto está sem rumo. Não definiram  ainda o seu desenrolar. Há quem queira abrangência maior e, especialmente o governo, que se limite aos fatos já apurados pela PF. O próprio presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS) acha que pode ser explosiva. Qualquer que seja o roteiro, imagina-se que vai rolar mais água dessa Cachoeira que das quase secas Cataratas do Iguaçu.

Faz de conta

Dois fatos, a CPMI do Cachoeira e a Comissão da Verdade, esta última de repente em destaque depois de ter sido sancionada em novembro e não saído do lugar, parecem tentar eclipsar o mensalão que o novo presidente do STF, entidade precisada de uma injeção de cânfora tais os problemas que ultimamente viveu, ameaça colocar em votação rapidamente. O PT, se seguir a recente recomendação do relator à época, deputado Osmar Serraglio, vai parar de fazer de conta que o escândalo não teve razão de ser.

À revelia

Para não significar que o governo aceitou a pressão do PDT para nomear o novo ministro do Trabalho, deputado Brizola Neto, que substitui depois de cinco meses ao demitido presidente do PDT, Carlos Lupi, a nomeação não passou pelo partido garante o secretário geral pedetista.

Fora do ar

Nada como um final de semana e um  feriadão para tirar do foco os problemas levantados na Câmara Municipal de Curitiba. Esgotado o assunto que colocou durante bom tempo em evidência a Assembleia do Paraná, desde que começou a desdita de Caio Derosso, a Câmara exibiu suas entranhas. Inclusive vereadores radialistas que sempre estiveram no ar, sabe-se  agora pagavam para falar, preferem o silêncio.

Em choque

Um capítulo da novela municipal foi exibido: Gustavo Fruet já é o candidato apoiado pelo PT. Resta ainda definir o vice. Dr. Rosinha ainda reclama e diz que não aceita. Tadeu Veneri, outro pretendente a candidato, coerentemente propõe respeito à decisão da convenção e concita a todos a somarem com Fruet. A presidente municipal Roseli Isidoro informa que o vice será apontado na convenção de junho: a preferência da maioria é para o federal Ângelo Vanhoni.