Vai começar o espetáculo!

Na imaginação do colunista uma imagem que vem da infância, tomou forma. Visualizei o apresentador de circo adentrar o picadeiro e com o seu megafone, característica dos tempos de poucos recursos eletrônicos, anunciar: Respeitável público. Vai ter início mais um espetáculo. Estamos começando a CPMI do Cachoeira. Realmente uma apresentação  midiática que vai consumir horas e horas de tevês e rádios, mais páginas e páginas dos jornais. Espetáculo que vai paralisar o Congresso e em que, cada personagem vai tentar aparecer mais. Que tanto pode ter o brilho de um Cirque du Solleil, como a pouca expressão de um cirquinho mambembe. Ao final, que pode assar uma enorme pizza, alguns sairão esfregando as mãos de satisfação e outros lamentando a oportunidade perdida de passar este país a limpo, como lembrava o saudoso Álvaro Vale com seu Partido Liberal. Pelo andar da carruagem, com os artistas escalados,  especialmente pelo grupo sarneysista, Renam, Collor e outros mais que conhecem o caminho das pedras da maldade política, já se sabe que a oposição, mesmo contando com gente também experiente como Álvaro Dias, poderá ser massacrada pela volumosa presença dos situacionistas. Como esses representantes de partidos, não têm recebido da presidente o tratamento desejado, podem no meio do caminho resolver pressioná-la para ter as benesses negadas. Tudo pode acontecer! Até porque,  na CPI dos Bingos (2005) a oposição já foi buscar  um depoimento do advogado Rogério Buratti, homem ligado ao petista Antônio Palocci, que afirmara alto e bom som, terem  Cachoeira e outros bicheiros doado muito dinheiro de caixa 2, para a campanha de Lula em 2002. CPI, dizem, sabe-se como começa…não como termina!

Justiça…
O STF que, por conta de atraso em julgamentos como o mensalão e discussões escancaradas entre seus ministros Joaquim Barbosa e Cezar Peluso, anda perdendo a respeitabilidade que sempre usufruiu, vive outros problemas.

…injusta
Barbosa reuniu-se com Lewandowski para dirimir dúvidas e ajudá-lo o apressar seu relatório sobre o mensalão, sem o qual não haverá julgamento. Mesmo que este consiga entregá-lo até fim de junho, em função do recesso, que deveria se chamar  excesso, de férias, só começará em agosto. Aí mais um problema: Cezar Peluso, aposenta-se em setembro. Ayres Brito em seguida. Conveniente para o governo que certamente vai atrasar a indicação de novos ministros. 

Penalidades nulas
Mais um detalhe: com a justiça leniente que se tem por aqui quando de trata de crimes do colarinho branco, caso do mensalão, mesmo que condenados e punidos com a pena mínima, cinco dos sete crimes estarão prescritos. Se a pena for maior, prescreverá em 2015, na maioria dos casos.

Protesto fraco
Discute-se hoje em Curitiba a falta de locais adequados para realização de grandes encontros. Como o que ocorreu recentemente na Praça Espanha e que gerou enormes críticas. Vinte e cinco mil pessoas foram lá celebrar o Ano Novo fora de época causando estragos. Convocados pela Internet. A mesma que convocou para Dia do Basta e que conseguiu reunir apenas 500 pessoas. Por essas e outras a política no Brasil chegou ao ponto em que está. 

Conveniência
As sessões da Câmara Municipal de Curitiba voltaram para o período matinal. Para deixar aos vereadores a tarde livre para fazerem campanha. Afinal nova eleição vem aí. O que ninguém se lembra é que tais sessões já foram de manhã. Passaram para a tarde para atender vereadores radialistas que eram muitos e tinham seus programas, cedo.

Em choque
O aumento promulgado pelo governo do estado nas taxas do Detran (271%) que causou alguns estragos na aprovação do governador, continua sua peregrinação pelos gabinetes do TJ. Agora mais um pedido de vista, completa a quarta vez que o julgamento pela sua nulidade é adiado. Deve acontecer, se ninguém mais pedir vistas, dia 4 de maio.