Lições de casa
O brasileiro assistiu com uma ponta de orgulho a presidente Dilma ir aos EUA, falando de igual para igual com Obama, cobrando dos países ricos, embora em dificuldades, comportamentos diferenciados em relação ao câmbio, o que tem criado problema para os emergentes. Poderia porém ter ouvido algumas ponderações do presidente americano que, possivelmente só não as tenha feito por necessidade de manter um bom entrosamento com o Brasil, líder de uma região em que vários países aprofundam suas tendências para a esquerda. Poderia Obama ter sugerido que o Brasil, antes de reclamar de terceiros, faça as lições de casa. Quando as reformas fundamentais irão sair das boas intenções, das quais dizem, o inferno está cheio!? Já não é hora da nossa diplomacia, ao invés de ficar acendendo velas para Chaves, Morales e outros que tais, colocar-se em campo para cobrar posturas do FMI e da Organização Mundial de Comércio, condizentes com seus objetivos! Essas sim são posições que trariam benefícios às exportações brasileiras comprometidas pelos protecionismos praticados em países como EUA, Japão e da União Europeia. Na colcha de retalhos que se tece no Brasil, mais uma medida em aparente benefício a alguns setores industriais, depois da choradeira apresentada em Brasília na semana que passou. Nada definitivo e geral. Apenas Merthiolate, gaze e esparadrapo sobre as chagas expostas. Enquanto recursos (dos altos impostos) surgem para atender às necessidades de cidades que sediarão a Copa, razão de ser de todas as iniciativas que nos últimos tempos se toma neste país em que discutir sobre cerveja ficou mais importante que cuidar da saúde, da educação, com concessões à segurança especialmente nas cidades copistas, os problemas permanentes são relegados a segundo plano. Não admira pois que a visita da presidente Dilma com suas reclamações, não tenha merecido dos jornais americanos, nenhum destaque em primeira página.
Quase nada
Por essa certamente o prefeito paulistano Gilberto Kassab, que tenta transformar-se em liderança nacional pela criação de um partido que já nasce grande, pela defecção nos outros, não esperava. A depender do parecer do procurador-geral eleitoral o PSD não terá nem cotas no Fundo Partidário e nem participação de tempo na TV. Sem isso, seu apoio em outubro significará pouco mais que nada.
Preocupação
Os recentes e constantes vazamentos nos campos petrolíferos explorados na costa brasileira, especialmente na bacia de Campos, têm criado preocupação em relação ao futuro do pré-sal. Medidas mais duras precisam ser tomadas pelos órgãos fiscalizadores do setor.
Alto nível
Um bom resultado a visita de Dilma aos EUA produziu: a assinatura de convênios no ensino superior. Complementando a preocupação de oferecer bolsas de estudo a universitários e cientistas brasileiros no exterior, o acordo de cooperação entre o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), uma das mais importantes instituições brasileiras e o MIT (Massachusetts Institute of Tecnology), de alto nível educacional americano, deve produzir bons frutos.
Ele vem aí!
Não, não é o Silvio Santos. Nelson Biondi, um dos mais festejados marqueteiros políticos brasileiros, uma especialidade que a cada dia cresce de cotação no cenário publicitário brasileiro, deve estar aportando em Curitiba para comandar a campanha de Luciano Ducci, embora por enquanto o prefeito nem possa dizer que é candidato à reeleição. Outros nomes de peso devem vir para comandar uma das mais disputadas campanhas do país.
Em choque
Inferno astral na política não dura um mês antes do aniversário como na vida pessoal. Dependendo do tempo que o poder durou é mais do que isso. Que o diga o ex-presidente da Câmara curitibana, João Cláudio Derosso. Depois de 14 anos de mando, um nunca acabar de incômodos. Agora o MP quer bloquear R$ 1,6 milhão de seus bens.