Novos rumos
Mais uma semana de possíveis preocupações para o governo federal foi iniciada. Com deputados e senadores de volta a Brasília, ainda não refeitos das imensas modificações ocorridas na que passou, com direito a reclamações de toda ordem, os coordenadores políticos terão muita necessidade de conversinhas ao pé-do-ouvido para convencê-los que, daqui para a frente tudo será diferente. A aparente submissão às exigências das bancadas que compõem a base de sustentação do governo Dilma, vai se acentuar. Inclusive com a bancada do PR no Senado, com nada menos que sete senadores exigindo o Ministério dos Transportes de volta, do qual Alfredo Nascimento foi defenestrado, de volta. Inclusive para o próprio. Sem o que as negociações estarão sustadas. Uma exigência que se atendida deixará o governo nas mãos das demais, mesmo as menos expressivas. A chance de mudança residirá no fato de que os deputados do PR ainda mantém alguma esperança de que a ruptura não se consume, muito embora o deputado Giacobo, do Paraná, veja o retorno do Ministério ao controle do partido como questão de honra. As reclamações das duas Casas (Senado e Câmara) dirigem-se, contra a articuladora Ideli Salvati, cujo estilo menos republicano tem-lhe custado inúmeras críticas. Por extensão atingem também a ministra Gleisi, embora esta tente manter alguma distância das discussões mais acirradas. As comparações com o estilo mais atuante de Antonio Palocci, porém, são inevitáveis. O mesmo que ocorre entre o retirado Jucá e o recém entrado Eduardo Braga, assim como a substituição de Vaccarezza na Câmara. Assuntos para vararem a semana.
O esperado
Deu o que já se sabia com antecedência na nova eleição para escolha do presidente da Câmara curitibana: João do Suco com apoio do prefeito, do PSDB e partidos que compõem a bancada governista, recebeu 25 votos. Paulo Salamuni que representou a união da oposição e algumas dissidências, obteve 11 votos. Dois vereadores abstiveram-se.
Sem compromissos
Como numa enquete realizada pela imprensa curitibana, quatro dos que pretendiam colocar seus nomes em votação responderam colocando suas idéias sobre o novo período e apenas o eleito e Dirceu Moreira não responderam ao questionamento, fica-se sem saber o que pensa o novo presidente da Casa. Inclusive sobre a continuidade das investigações sobre o presidente renunciante.
Encontro dos Democratas
Um fim de semana de intensas movimentações marcou a agenda dos Democratas do sul do Brasil, com início em Florianópolis, na quinta-feira à noite. Com a presença das mais expressivas lideranças nacionais, além de centenas de filiados ao partido em todo os três estados sulinos, acompanhando as respectivas comissões executivas.
Entusiasmo
Para o deputado Elio Rusch que, na condição de presidente regional capitaneou a comitiva paranaense, o entusiasmo demonstrado pelos líderes nacionais senador Agripino Maia e deputado José Carlos Aleluia, presentes ao encontro, autoriza a acreditar que os democratas no sul do país terão excelente desempenho nas eleições municipais de outubro. Outras duas reuniões ocorreram em Campo Largo e Castro.
Especulações
As afirmações do governador Beto Richa, sustentando a necessidade de uma candidatura a vice de Luciano Ducci para um nome do PSDB, praticamente desestimula as movimentações do PMDB cuja continuidade de apoio ao seu governo está condicionada por alguns ao vice curitibano ser de sua legenda. A depender de Requião vai de candidato próprio: Rafael Greca.
Em choque
Os próximos meses marcarão movimentações como as que os democratas realizam agora. PT, PSDB, PV, PMDB, PDT, PSC vão liderar as agitações eleitorais. Um grande esforço vem sendo feito nas hostes governistas para atrair Ratinho Jr. para uma composição com Ducci. O alvo é inviabilizar Gustavo Fruet. Ratinho porém mantém até agora uma postura firme de participar como candidato do PSC.