Posando de anjo

Especialista em frases inteligentes e de efeito, o senador Roberto Requião, a propósito da derrota que impingiu à presidente Dilma pela não aprovação do nome de seu indicado à presidência da ANTT, saiu-se com esta: Sou o anjo da guarda da Dilma.  Ao fundo uma frase reconciliadora na medida em que a votação do Senado tendo sido secreta, a derrota da presidente teve nome e sobrenome: Roberto Requião  de Melo e Silva, o que o colocaria no rol dos inimigos de Dilma que, como já se sabe,não é de engolir sapo. Por outro lado, o próprio admite o sucesso da empreitada ao convencimento que fez dos seus pares. Menos, Requião! Os da base que votaram contra, aproveitando o anonimato que a votação secreta permite, o fizeram para demonstrar seus descontentamentos com a atual situação a que o PMDB, um partido de apetite voraz por cargos, está submetido. Pouco se lhe dá se o Bernardo Figueiredo, presidindo a mesma ANTT quando Requião governador,  fez-lhe uma suposta oferta de superfaturamento em obra! Por aqui igualmente, ainda que sob a forma de alerta, os peemedebistas que aderiram a Beto já deixaram claro que não estão satisfeitos com o não pagamento das emendas de 2011 e as de 2012. Como se trata de um ano eleitoral em que as obras geradas por tais emendas serão de fundamental importância para a campanha de seus prefeitos, ainda em maioria no Estado, os peemedebistas antecipam o recado. Aviso que também interessa aos outros parlamentares, todos ávidos por fortalecer suas bases. Afinal, terminada a eleição de 2012, a de 2014 já estará na tela. Para todos eles, muito mais importante que a Copa.

E agora, …

Cargo é encargo. Fernando Ghignone, dublê de presidente da Sanepar e do diretório municipal do PSDB, está agora com um abacaxi nas mãos. Como o líder do partido na Câmara, vereador Emerson Prado sugere que os seus companheiros se posicionem pelo afastamento definitivo de Derosso da presidência da Câmara Municipal de Curitiba, com respaldo do presidente regional do tucanato, Valdir Rossoni, quem vai opinar é o Diretório Municipal.

…Fernando?

Luiz Cláudio Derosso tem prestígio em boa parte da Capital e especialmente na Câmara que presidiu durante 15 anos. Não é de somenos! Só Getúlio com os 15 anos de sua ditadura e mais quatro (eleito) que terminaram tragicamente, fez  melhor. Este é um ano eleitoral em que o voto do padre do pastor, e o da prostituta, têm o mesmo valor. É avaliar qual o peso maior para o PSDB: apoiar Derosso, ou afastá-lo.

Briga de foice

A decisão do PSDB se reveste de grande importância agora que o deputado Ratinho Jr.(PSC), não abre mão de sua candidatura a prefeito de Curitiba. O que transforma essa eleição numa briga de foice. Com Luciano Ducci numa parada de vida ou morte para o futuro político de Beto Richa, que joga nele todas as fichas; Gustavo Fruet com apoio do PT; Ratinho Jr. com o aval populista de seu pai e mais apoios de peso; Greca, com a metade forte do PMDB curitibano (leia-se Roberto Requião); é eleição de segundo turno garantido.

Lei! Que lei!

A propósito de loteria! Nunca se jogou tanto neste país como agora. Isso que há uma lei no país, que proíbe ‘jogos de azar’, editada por Eurico Gaspar Dutra, nos idos de 1946. Por conta da queixa de uma empregada de sua esposa, cujo marido gostava de jogar no bicho. Um jogo ingênuo, à época, que virou o vilão da corrupção policial e de outras atividades ilícitas.

Em choque

Os jogos da Caixa Econômica podem ser chamados de ‘jogos da sorte’? De outra forma, infringem tal lei. A quem esse setor da Caixa presta conta, na medida em que nos veículos de comunicação não há nenhuma menção aos lucros auferidos! Os lucros da Caixa como banco,  incluem o resultado de jogos? Questionamento que um deputado federal deveria fazer. Só não vale perguntar às grandes redes de TV, beneficiárias de seus recursos publicitários.