Dando o troco
Requião deu o troco. Processado pelo então ministro de Planejamento, hoje das Comunicações, o paranaense Paulo Bernardo, que vai receber dele (Requião) R$ 40 mil por acusações infundadas, pela denúncia feita no ar na sua escolinha, de uma suposta tentativa de suborno oferecida pelo então Diretor da ANTT, Bernardo Figueiredo, acompanhado por Paulo, para a construção do trecho ferroviário Guarapuava-Ipiranga. O valor oferecido: R$ 550 milhões, segundo Requião. Para ele o trecho seria construído por R$ 150. Agora, quando o governo tentava reconduzir o mesmo Bernardo Figueiredo à presidência da Agência Nacional de Transportes Terrestres, Requião virou bicho. Desde logo começou a mostrar qual seria sua postura. Aproveitando-se do mal estar hoje reinante na bancada peemedebista na Câmara e no Senado, por conta das investidas dos petistas nas áreas municipais em mãos do PMDB, Requião plantou a insubordinação e produziu a primeira grande derrota do governo Dilma, no Senado. Por 36 votos a 31 (faltaram ou se abstiveram 13 – Sarney só exerce o voto de Minerva em caso de empate). Enquanto o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR) procurava explicar que se trata de um recado ao governo pelos descontentamentos na bancada, os senadores curvaram-se aos argumentos de Requião sobre ser o senhor Bernardo Figueiredo, completamente inadequado pelos interesses que ostensivamente defende. A derrota do governo, considerando o presidente da ANTT inidôneo, de certa forma atinge também o ministro Paulo Bernardo, a quem Requião acusara em 2010.
Panqueca em pé
O comentário acima desmente a possibilidade aventada por muitos de, peemedebistas retirarem a candidatura de Rafael Greca da disputa de 2012, em Curitiba. Num quase certo segundo turno é que a previsão fica difícil. Apoiado por Requião, Greca se não emplacar terá que apoiar Luciano Ducci ou Gustavo Fruet. Se a panqueca ao ser jogada para cima, ao invés de virar, cair em pé, a terceira opção: Ratinho Jr.
Opção difícil
Greca com sua língua ferina, certamente atacará Ducci de quem diverge por razões técnicas: quando prefeito Greca seguia a escola arquitetônica de Lerner. Modelo que aos poucos Curitiba vai abandonando! Dificilmente poderá depois apoiá-lo. Gustavo Fruet terá o apoio do casal Paulo/Gleisi, de que Requião quer distância. Opção complicada!
Nova briga
O que já era complicado, agora desandou de vez. A exemplo do que ocorre entre Polícia Civil e Polícia Militar, que mais brigam entre si que contra bandidos, na fiscalização ambiental a Força Verde que antes não apenas fiscalizava como também multava, está impedido de fazê-lo. Precisam acionar o IAP que só tem 70 agentes no Estado, ou o MP.
Dinheiro, afinal!
A briga envolve dinheiro. Encerrado o convênio (engraçado como governos só agem depois de fatos consumados), a Polícia Ambiental quer aumentar de 5% para 25% o repasse de verbas. Afinal o Paraná recebeu em 2011, R$ 6,8 milhões por multas aplicadas a danos ambientais. Período eleitoral é tempo de demandas! O meio ambiente que se dane!
Preocupação válida
Só falta agora, depois de ter sido vendido o Hospital Psiquiátrico da Federação Espírita para a construção de um Shopping, no Bom Retiro, o Hospital Evangélico, que também tantos e bons serviços prestou (e continua prestando) não poder dar continuidade a suas atividades, pela enorme dívida que acumula. Será um caos social! Esqueça-se a Copa e salve-se o Evangélico.
Em choque
Assim como em Brasília, os peemedebistas e outros partidos adesistas não estão felizes com o governo Beto Richa. Cobram as emendas. São R$ 300 mil por deputado em 2011 e R$ 2 milhões agora. A pergunta que cabe: como era no período de Requião governador! Recebiam? Do governo atual até agora não vimos um centavo reclama Nereu Moura.