Rabo preso
As estatísticas negativas dos feriados prolongados como o Carnaval, nas estradas brasileiras, comprovam situações repetitivas às quais o governo justifica sempre com a falta de recursos. Esses quando existem, são mal aplicados como relatam matérias de O Paraná, de Cascavel, e de O Presente, Mal. Cândido Rondon, sobre supostas melhorias na BR-136 que interliga Toledo, Rondon e Guaíra. Rodovia de trânsito intenso, teve reparos realizados de maneira absurda. Tanto que um mês depois e R$ 2,2 milhões gastos, os buracos continuam a desafiar a perícia dos motoristas. Esse é um dos graves problemas deste país: dinheiro mal aplicado por conta de comissões que correm por fora. Claro está que quando a corrupção campeia, o compromisso com a qualidade da obra decai. Aliás, falar em corrupção neste país é chover no molhado. Com a arrecadação crescendo ininterruptamente por conta da carga tributária exagerada que o ministro Mantega afirma, estar na mira do governo para reduzi-la; com o sistema político de divisão de poder e todas as suas benesses, entre os partidos e seus filiados que topem votar sempre a favor dos projetos encaminhados, não haverá dinheiro que chegue para saciar a fome dos representantes partidários no Congresso. Não admira que o governo tenha ficado refém dos partidos que por sinal, valem pelo número de representantes que têm no Congresso, não importando que, passados dois, três meses da eleição o eleitor já não se lembre em quem votou. Significa dizer: a representação não tem sustentação. Daí as mudanças interpartidárias que ocorrem em cada mandato, sem, nenhuma punição, na medida em que todos têm o rabo preso.
Irresponsabilidades…
A estatísticas preocupantes não ocorrem apenas nas estradas neste período de verão. Acontecem também nas praias, por conta do baixo número de guardas-vidas e especialmente pela direção criminosa de jet-skys e lanchas que teimam em se exibir fora das áreas permitidas.
…que custam…
Situação fácil de resolver se lei existisse obrigando que à compra de um jet-sky, fosse anexada à nota fiscal um fac-símile de documento de identidade e uma cópia da carteira de arrais (curso) do comprador. Responsabilizando-se assim pelo seu funcionamento. Já que a fiscalização é deficitária, o proprietário aumentaria seus cuidados.
…caro!
Medidas severas precisariam ser implantadas para as categorias de pilotos de lanchas e jet-skys, assim como para as pessoas que tivessem sido autorizadas pelo proprietário a dirigi-las. Pena também para a empresa vendedora que não tenha cumprido essas regras.
Gato por lebre
Mais uma vez a situação do presidente licenciado da Câmara Municipal de Curitiba vem à tona. Por conta de nova licença de noventa dias pedida por ele, dentro das normas, com o que não concordam os vereadores de oposição. Tal licença, foi votada e aprovada por unanimidade dia 15, numa jogada que confundiu os oposicionistas que votaram sem saber no que votavam. A manobra de Derosso ao montar tal votação, foi assimilada na experiência dos 14 anos ininterruptos em que presidiu a Casa.
Economia
Um efeito a exposição da situação vivida na Câmara curitibana já produziu. Do orçamento de R$ 100,7 milhões, R$ 8 milhões foram devolvidos pela atual gestão por decisão do presidente em exercício, Sabino Pícolo (DEM). Em períodos anteriores as sobras eram mantidas em caixa para pagar obras em sua sede. A Assembleia Legislativa, igualmente, em atitude inédita, devolveu ao governo R$ 90 milhões economizados.
Em choque
Sabino Pícolo determinou também a suspensão de licitação para escolha de novas agências de publicidade: Vamos esperar que a investigação (sobre supostas verbas publicitárias ilegais repassadas à empresa da esposa de Derosso) para só depois retomar o processo (da licitação). Por enquanto não se faz nada.