Questão de semântica

Apanhado em flagrante delito, o PT tenta defender o que hoje faz enquanto governo, e que sempre atacou quando praticado pelo PSDB com o argumento de que se trata de concessão, não de privatização como praticado no período de FHC. Nas campanhas, se o assunto vier

à baila, e certamente virá, para que os petistas de menor coturno estejam preparados, uma cartilha está sendo produzida pelo partido. Ocorre que o governo, nas vendas efetuadas dos três primeiros e mais importantes aeroportos, Guarulhos, Brasília e Viracopos, a exemplo do que já ocorrera em Natal, ficou com minoria: 49%. Como qualquer economista ensinaria (e a dita cartilha deve omitir esse detalhe),  manda quem é majoritário! No caso o que pode acontecer por conta da participação da Infraero, e isso será explicado nesses dias no Senado, o governo pode ainda entrar com dinheiro do BNDES. Banco que por sinal tem realizado uns financiamentos  muito mal explicados. Verdade que ele também financia agora pequenos empreendimentos. Só quem já se habilitou a eles pode contar as exigências que faz. Quando se trata de grandes corporações como uma que atua no setor pecuário, a história parece ser diferente. Na falta de transparência e de exploração por parte da oposição, meio aturdida, fica-se nas suposições. O fato concreto, para repetir expressão tão ao gosto do ex-presidente, é que se espera com administração privada dos aeroportos uma melhoria substancial de qualidade no atendimento. Até por que o movimento só tende a crescer e  no nível em que estava, ficaria insuportável.

Repercussão
A afirmação da coluna na quinta-feira, insistindo na necessidade de reformulação de várias coisas neste país, inclusive na educação, saúde e agora, mais urgentemente no âmbito policial, onde duas polícias se estranham entre si, mais se que preocupar em defender o contribuinte que em última análise paga seus salários, mesmo que baixos.

Maioria absoluta
O tema, como outros polêmicos levantados aqui, entupiu a caixa postal eletrônica da coluna. A grande maioria achando que uma revisão nos conceitos das polícias; assim como as  avaliações vocacional e mental dos ingressantes nessas carreiras (que deveria ser unificada), devem ser fatores decisivos na contratação. A manchete de domingo nos jornais, fala por si: Polícia em greve; Nação refém.

Prejuízo irrecuperável
Independente do que venha a acontecer daqui para a frente, o prejuízo causado pelas greves de policiais da Bahia e ameaças no Rio, é enorme. Difícil de ser recuperado. Até porque muitos dos turistas que se programaram para o Carnaval,  mudaram de rumo.

Prejuízo político
As greves aturam sobre  o conceito dos governantes: Jaques Wagner (PT-BA) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ). O primeiro levou dois dias para admitir que havia greve; o segundo mandou prender líderes no primeiro dia e esvaziou o movimento.

Manutenção necessária
Mesmo sob críticas pelos custos que representam, a direção da Assembleia Legislativa promove melhorias. Quem é observador, conheceu a Casa antes e a vê agora, vai  perceber, nos pequenos detalhes, o quanto a administração anterior negligenciou em sua manutenção.

Entusiasmo
Para quem imaginava que o Democrata estivesse morto, a reunião regional programada para este sábado que passou em Paranavaí, surpreendeu até seus dirigentes. O presidente Elio Rusch não cabe em si de contente ao contatar que naquela região noroeste do Paraná, muitos municípios, como a própria Paranavaí, têm candidatos a prefeito com chance de vencer a eleição.

Em choque
A frase do ex-candidato à presidência da República, José Serra (PSDB), que andava meio apagado, reproduzida na coluna do Rogério Galindo, vale pela ironia: No atual governo os ministros foram divididos em duas classes: os blindados.