Mergulho sanitário
A festa de aniversário dos 32 anos de fundação do PT, foi também um festival de incoerências. Para cada caso, na tentativa de conquistar o poder no maior número de grandes prefeituras, a começar evidentemente por São Paulo, antes reduto do PSDB, hoje em mãos de um político amorfo. Para isso as justificativas visando coligações onde não exista nome partidário com chances, são as mais variadas. Com uma recíproca, no caso da capital paulistana. Senão vejamos esta expressão do ex-democrata Gilberto Kassab (ainda condicionando seu apoio à não candidatura de José Serra, sua opção primeira) falando sobre as resistências de Marta Suplicy a seu nome: Ela tem diferenças, o PT tem diferenças em relação à nossa gestão, e nós temos em relação à gestão deles. Agora isso não impede, caso os dois partidos queiram, fazer uma aliança. Desde que consigam construir um plano de governo para a cidade, que seja apresentado para a cidade e defendido pelos dois partidos. Haja Óleo de Peroba! Se o PT aceitar dialogar com um cidadão com essa visão política, não será surpresa que muitos de seus fundadores deixem o partido. Para uma agremiação que durante muito tempo foi sinônimo de coerência, os 10 anos no comando do país, com concessões demais inclusive à corrupção, o descaracterizaram. Não por acaso um de seus nomes mais respeitados, o presidente nacional, Rui Falcão, adverte: É importante que não sucumbamos à tentação de fazer alianças fáceis que quebrem a nitidez do nosso compromisso. E mais não disse. Nem precisava! O PT e os 28 outros componentes do painel político brasileiro, precisam de um mergulho sanitário na piscina da coerência.
Só QI não basta!
Princialmente quando QI é ‘quem indica’! A propósito de greves, justificadas ou não, algumas cometendo ilícitos como os ocorridos na dos policiais na Bahia: contratando funcionários sem vocação para o serviço publico, que trabalham apenas pelo salário, os governos ficam vulneráveis. E o respeitavel público mal atendido. Um alto índice de comprometimento deveria ser a exigência maior para a contratação.
Povo vítima
Os maus exemplos frutificam: depois da vergonhosa greve na Bahia que deixou a população indefesa, da ameaça até agora frustrada no Rio, outras categorias se mobilizam. Está mais do que na hora de estabelecer regras rígidas no sistema público. O povo brasileiro que paga os maiores impostos do mundo não pode ficar a mercê do interesse de classes.
Ameaça grosseira
Governos, mesmo em véspera de eleições – caso de Curitiba – não podem aceitar ameaças como as do Sismuc, através sua presidente: Somos formadores de opinião porque atendemos os cidadãos na ponta e o índice de rejeição é muito grande. Se reivindicações não forem atendidas, o cidadão curitibano pagará o pato? É isso!
FOLCLORE POLÍTICO
Neste emaranhado de reivindicações de categorias funcionais públicas, próprias das ante-vésperas de eleições, uma explicação do deputado Elio Rush (DEM), vice-líder do governo na AL, justificando a impossibilidade de atender a todas as reivindicações pela LRF e pela situação recebida do governo anterior, foi contestada pelo deputado Ênio Verri (PT), líder da oposição e ex-integrante desse governo. Sua alegação final: o governo Requião teve suas contas aprovadas pelo Tribunal de Contas. Tribunal político que é pelas dependências de seus conselheiros nomeados, que este escriba se lembre nunca desaprovou as contas de um governador. No máximo aprovar com ressalvas, esquecidos de que, se há constatação de erros não poderia haver aprovação. Mesmo que condicionando ao saneamento. Talvez, e é uma pesquisa a ser feita, tenha desaprovado a contas do governo Lupion, atendendo a interesses do governador Ney Braga, seu ferrenho opositor. A propósito do tão criticado governo de sêo Moyses. Ele entrou rico no governo e saiu mais pobre. Um dos poucos casos no Brasil de empobrecimento ilícito.