Ex-serviço atraente
Greve é como rastilho de pólvora. Especialmente quando movida por categorias que teoricamente são imprescindíveis. Na situação atual do país realmente o são, na medida em que a insegurança movida por drogas ameaça tomar conta do país. Greves são feitas em momentos nos quais os governos, de ouvidos moucos às reivindicações das categorias, hoje sob o pretexto de que não podem superar os limites estabelecidos pela LRF, estão vulneráveis. Caso da greve de PMs da Bahia cujo Carnaval, que pretende competir com o do Rio de Janeiro, está ameaçado. Agora, confirmando o que a Globo revelou de conversas telefônicas de marginais travestidos de militares (um líder afastado da PM baiana há tempos), também a corporação carioca (militares, civis e bombeiros – quem diria!) aderiu a uma greve pré-fabricada. A dúvida que hoje persiste, a partir do momento em que governos deixaram tais situações ocorrerem: onde vai parar? Uma certeza a coluna tem. Não apenas na segurança, mas igualmente no magistério, na saúde, mudanças se fazem necessárias de há muito. O rigor para ingresso em vários segmentos de um serviço público (que deve ser bem pago), tem que ser ampliado. Um dos testes a que qualquer candidato, de qualquer área tem que se submeter, é o vocacional. Outro, especialmente na segurança, o de agressividade! Longe vai o tempo em que entrar para o serviço público, fosse qual fosse a área, era garantia de futuro tranqüilo! Hoje, à exceção de carreiras originárias do direito, ou ingresso em estatais, a certeza é uma só: mais dia, menos dia, o ingressante, médico, engenheiro, professor, soldado ou o que mais, estará na rádio corredor reclamando do trabalho e do salário. Se até desembargadores do alto de seus altíssimos valores (com perdão da redundância), pleiteavam aumentos contidos pelo CNJ, imagine-se o resto.
Modismo
Agora, depois de o governo do estado ter vendido a folha de pagamento de seus funcionários ao BB por R$ 500 milhões em cinco anos de contrato, o TJ que vender a sua que teoricamente, já que a Previdência é a mesma, estaria vinculado àquele contrato.
Sem destino
O preço estabelecido pela direção do Tribunal de Justiça é de R$ 19,4 milhões por uma folha que chega aos R$ 50 milhões mensais e abrange 7,7 mil servidores de bons salários. Com uma decisão da própria Justiça que permite ao funcionário não ficar preso ao contrato, optando pelo banco de sua preferência. Mais: R$ 19,4 milhões sem destinação indicada!
Fontes da Caixa
Tudo vai bem no melhor dos mundos. Lá fora não, mas no Paraná a frase do otimista Pangloss, personagem de Voltaire, tem razão de ser. Além do melhor desempenho industrial, o crédito imobiliário que no Brasil cresceu 5%, aqui chegou a 22%. Curitiba ultrapassou isso: 24%.
Só na área da seca as expectativas não corresponderam.
À moda da casa
Voltemos ao trivial: ontem o PT fez 32 anos. Pelo menos o item ‘participação das bases’ está razoavelmente preservado.Único partido a realizar prévia indireta (turno único), o PT de Curitiba estará convocando seus 5,5 mil filiados em 15 de abril, um domingo, para eleger 300 delegados. Estes dirão se o partido apoiará Fruet ou irá com candidato próprio.
Casamento de conveniência
A situação na capital paulista não é a mesma de Curitiba. Marta Suplicy, ex-prefeita, hoje senadora, não engole o prato feito que Lula e Dilma querem lhe enfiar pela goela: ex-ministro Fernando Haddad com apoio de Kassab (atual prefeito), inimigo da petista. Corro o risco de acordar num palanque de mãos dadas com Kassab soluça ela!
Em choque
A presidente municipal do PT, ex-vereadora Roseli Isidoro, está confiante nas bases do partido. Se a opção for por apoiar outro partido (PDT, Gustavo Fruet), opção do grupo dominante, tem certeza que os defensores da tese derrotada, no dia seguinte estarão fazendo campanha junto com quem sair vencedor do processo.