Ex-prefeito nega troca de favores por compra de voto

O ex-prefeito de Corumbataí do Sul, Osney Picanço (PMDB) negou ontem à TRIBUNA que tenha se beneficiado com a compra de votos na campanha eleitoral de 2008, quando foi reeleito para o segundo mandado. Ele foi condenado nesta semana pela Justiça por improbidade administrativa, acusado pelo Ministério Público de ter cometido uma série de irregularidades com a finalidade de angariar votos na campanha. Não teve nada em troca de voto, estou de consciência tranquila, disse ele ontem, à Coluna. O ex-prefeito comentou que vai consultar seu advogado para decidir se recorre ou não da decisão.

Doação de óculos foi para evitar ‘barraco’, diz Picanço

Sobre a doação de óculos a uma moradora, o ex-prefeito disse que um amigo doou o acessório a ela. Não teve dinheiro meu e muito menos da prefeitura, falou. Ele disse que a doação foi feita à mulher para evitar que ela fizesse ‘barraco’ dentro da prefeitura. Deveria ter chamado a polícia, falou. Sobre a terraplanagem feita em uma propriedade particular, o ex-gestor explicou que o produtor pagou o óleo diesel e o município entrou com a máquina, prática, segundo ele, comum no município. Os adversários levaram as denúncias ao Ministério Público e para meu azar ele aceitou. Achei que nem fosse dar nada, falou.

Absolvido

Ainda sobre Picanço, se tem condenação de um lado, tem absolvição de outro também. É que o ex-prefeito foi absolvido da ação que envolvia a construção de um cabriteiro no município. A denúncia foi feita pelo Ministério Público, que alegou que o prefeito aplicou dinheiro público no sítio da família do secretário de Obras da época, Nilton Paulo. O ex-prefeito justificou que a medida foi emergencial. Fizemos isso na ansiedade para não perder os cabritos, mas no fim, por causa dos politiqueiros acabamos perdendo o projeto, lamentou o ex-prefeito. Os animais eram para a festa do prato típico da cidade, o Cabrito Apressado.

Depois de Beltrão, Fênix vota contas engavetadas

Agora foi a vez da Câmara de Fênix votar três contas de ex-prefeitos que estavam engavetadas. Na semana passada, o Legislativo de Engenheiro Beltrão também votou três prestações de contas de gestores municipais que estavam na mesmo situação, isso após cobrança do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR). A Câmara de Fênix votou as contas de 2008; 2009, e 2011. A primeira, do ex-prefeito Mauro Marangoni, foi reprovada. As outras duas, de Altair Molina Serrano, foram aprovadas. Em todas os vereadores seguiram os pareceres do TCE.

Dito e Escrito

A Justiça é cega, mas o adversário é dedo duro.

Osney Picanço (PMDB), ex-prefeito de Corumbataí do Sul, ao comentar que condenação na Justiça, por compra de votos, foi ‘denúncia eleitoreira’ de adversários políticos.