Escola, ponto de partida ou de chegada?
Viajar cheio de esperança é melhor que chegar
Robert Louis Stevenson
Iniciar o ano letivo é o começo da viagem. Qual e como será o percurso? Todos prontos para o embarque? O destino é velho conhecido ou é inteiramente novo à espera do nosso descortinar? Mapas? Bússola? Rota? Atenção para a chamada!
Preparação, providência, verificação e revisão são essenciais no planejamento de cada iniciativa e ação educacionais, de cada matéria, professor, cada aula. Planejar é a antevisão, capacitar-se à nossa busca e ao que virá: o conhecimento.
Navegar é preciso. Viver não é preciso, belo verso do poeta Fernando Pessoa, inspira caminhos do ensino. Além do melhor destino fundamental é o ávido interesse, a direção da embarcação. Escola é barco para navegar, ter prumo, rumo, desafios.
A escola está edificada, ao mesmo tempo em constante construção. É feita, perfeita e imperfeita. É ela espaço físico, instalações e equipamentos, meios para que o saber e o que fizermos do conhecimento tenha o sentido da vida.
É engenho humano a relação do aprender/ensinar e ensinar/aprender.
Escola não é o ensinar para a vida. A escola é a vida!
A ascensão social, sentido amplo, é o objetivo de quem almeja o conhecimento. No caso dos estudantes iniciantes no principiar do caminho ainda não é possível vislumbrar todos os horizontes. Estudar é se tornar alguém na vida.
Toda escola, toda sala de aula, todo o saber, tudo é essencialmente a socialização através da educação. A capacidade humana individualmente tem particularidades e graus de aprendizado, pois existem os que já sabem; os que vão aprender, aprenderão. Reconhecer, respeitar e agir positivamente é tarefa e lição do professor e do estudante.
Viver em sociedade na escola é processo contínuo do conhecimento e do autoconhecimento. Na socialização deve se promover o respeito mútuo. Considerarmos o estágio de ser e de se tornar pela aplicação do ensinado.
Encantar-se com descoberta e se descobrir ao aprender. Apreender e empreender.
Do senso comum o ditado, quem aprende depressa logo esquece, é advertência ante a esses tempos que se vulgarizam com a velocidade, não são poucos os que supõem que a instantaneidade é por si só o conhecimento. A superficialidade é suficiente. Como basta manter-se alheio ao profundo do conhecimento. É ingenuidade, podendo somar-se à estupidez, crer que todo o saber tem que ser aplicado imediatamente.
Se manter em movimento é valor elevado até mais do que chegar ao destino. No caso da escola, ela é o movimento, que deve ser constate, regular, intenso, levando em conta obstáculos, sobressaltos, adversidades.
A escola é ponto de partida e de chegada. Porém, ir ou regressar não são a razão de ser.
A escola é conhecimento em movimento: evolução. Revolução e ação.
É o começo, e quando terminar o ano letivo, serão o parâmetro da vida, trajetória de inícios e conclusões. Destino perene, a dinâmica do saber e saber que sabe.
Fases de Fazer Frases
Para o melhor fazer é preciso fazer-se melhor. Ser melhor é o melhor do fazer.
Olhos, Vistos do Cotidiano
Semana passada estive em Peabiru para assistir a prestação de contas do deputado federal Rubens Bueno. Final da reunião, cumprimentei o ex-prefeito Marcos Lopes, que me disse, não deixo de ler a sua Coluna, é muito boa. Um senhor participa da conversa e afirma, gosto principalmente dos trocadilhos. Registro o fato, embora sem saber o nome dele. Obrigado aos dois caros leitores.
Reminiscências em Preto e Branco
Nota vermelha no boletim. Não é tão antigo a época do boletim das notas escolares ter duas cores, a azul e a vermelha. Tudo azul, tudo bem, mas uma notinha vermelha poderia ser traumática. Chegaram à conclusão que o vermelho feria a autoestima a ponto de permitir o fracasso. Vermelho nas notas baixas foi abolido. Como se fosse o tudo azul garantia da qualidade educacional e a autoestima positiva.