Soltem os ladrões, de galinhas

A corrupção brasileira bem poderia ser um produto para exportação.

Poderia, mesmo com tanta corrupção, ela é toda consumida aqui

mesmo toda a demanda. Assim não sobra para vendê-la a

 outros países, sequer superfaturado

Estive Nólocal (b.d.C.)

            Ele arrogantemente tinha toda a certeza que ficaria atrás das grades, não alguns dias, mas algumas horas.  Tinha a certeza que pagaria os melhores e mais caros advogados. Chamado de príncipe, continua preso, há mais de dois anos. E, antevendo que ficaria, continuaria na prisão em Curitiba, resolveu delatar. Tanto o príncipe Marcelo quanto o pai dele, o Emílio Odebrecht, evidenciam negócios escusos, verdadeira privatização do Estado brasileiro, instrumento do lucro e desvio bilionário a enriquecer a Construtora e muitos políticos.

            Segundo eles, a corrupção está arraigada há pelo menos trinta anos no Brasil, que não tem jeito, todo mundo mete a mão no dinheiro público.

            O acordo da delação por enquanto prevê que Marcelo ficará preso até dezembro deste ano. A partir de tal data cumprirá prisão domiciliar, no caso até o momento serão 19 anos. Ficará recluso na mansão dele. O crime terá compensado?

            A política brasileira há pelo menos vinte anos está polarizada entre dois partidos, o PT e o PSDB. Afinal eles ocuparam o mais alto cargo, a presidência pública, Fernando Henrique Cardoso, PSDB, por dois mandatos e em seguida, também por dois mandatos, o PT com Luís Inácio Lula da Silva. Tem ainda Dilma, mas a petista não completou o mandato.

            Tais Partidos ficaram nesses anos todos protagonizando um processo intenso e sem limites apontando o outro como o pior, e apontando a si mesmo como melhor em todo. Eis que, sem ser novidade alguma, estão no centro da política. Além da disputa presidencial acirrada entre Dilma e Aécio, também ocupam as manchetes com escândalos a transbordar. Um tem razão quando fala do outro. Valeram-se dos mesmos métodos, dinheiro público abastecendo caixa dois e por aí vai. As principais figuras de tais partidos têm contas a prestar. Claro, todos eles negam, declaram-se inocentes e, quase que ao mesmo tempo, apontam o adversário como culpado.

            Tem ainda um partido que não sofre desgaste suficiente comparado com os escândalos, o PMDB, Partido como fiel da balança ao longo nessa polarização entre o PSDB e PT. Peemedebistas serviram tanto a um quanto a outro, ministérios, verbas, souberam também se servirem bem. E, sem tibieza, ao contrário, com singular esperteza, sempre souberam abandonar o barco e pular para outro, tudo para se manter no poder.

O crime compensa quando a recompensa não é crime? Grandes grades. Gradação a agradar quem?

Fases de Fazer Frases (I)

            Na corrida contra o tempo, é o tempo que conta.  

Fases de Fazer Frases (II)

            Paira no ar a poeira. Se chover, vira lama.

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)

            Quinta passada foi o Dia Municipal do Turismo em Campo Mourão. Mais uma vez a data limita-se a referência discursiva. Pontos com palavras e não pontos turísticos.

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)

            O Basquete de Campo Mourão tornou-se motivo de torcida e orgulho. Fez campanha belíssima. O estágio atual da modalidade é o referencial maior para o planejamento visando à elite brasileira, é a certeza de novas conquistas.

Olhos, Vistos do Cotidiano (III)

            É de perder a paciência. Quarta passada, no programa televisivo do Alderi o assunto estava lá: o sinaleiro no trevo do Lar Paraná em Campo Mourão. Prefeitura, DER e DENIT não se entendem. Vai projeto, vem projeto, mas o problema fica pendente. As respostas são formais, burocráticas. Essa turma toda tem que se reunir logo, dialogar e estabelecer ações imediatas.

            Estão brincando com pedestres e motoristas mourãoenses e dos que trafegam por lá provenientes de outros lugares.

            O único sinal é o de alerta: pouca, para não dizer má vontade.