Graça sem graça
“Apoiar governantes com base na pobreza de seus cidadãos efetivamente
premia as políticas que causam o empobrecimento”.
Bauer Basil Yamey
Se é de graça, não custa nada, é a visão predominante, senso comum dos brasileiros. Por não pagar nada quando diretamente recebe um benefício, eles compreendem que a graça é uma benevolência, notavelmente por parte do poder público.
Pesquisa recente do Jornal Folha de São Paulo feita pelo Instituto Datafolha mostram que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) obteve a maior aprovação do governo. O motivo maior tem relação direta com o pagamento do auxílio emergencial de 600 reais pagos aos trabalhadores informais, autônomos e desempregados.
O dinheiro que sai dos cofres públicos é dinheiro que entrou graças ao pagamento de impostos de todo o contribuinte brasileiro. Mesmo quem não recolhe imposto diretamente, isentos de tributos como o Imposto de Renda. É fato que pagamos muito, temos uma das maiores cargas tributárias do mundo. Impostos onerosos arrecadados sem escapatória na conta da água, energia, alimentação, combustíveis, folha de pagamento.
Não é favor algum do governante quando o poder público presta serviços, edifica obras, pois o dinheiro todo gasto, investido, saiu do bolso de todos os brasileiros.
Escola de graça, medicamento grátis, Benefício e Prestação Continuada (BPC) não são dádivas, favores, benevolências, dos governantes simpáticos, bonzinhos. São obrigações inerentes ao poder público tangentes à distribuição de renda.
Entre outras motivações de satisfação dos brasileiros pelos 600 reais recebidos é que o dinheiro foi destinado à alimentação e obras como melhorias das casas onde moram.
Reconhecer e expressar gratidão pelos políticos, como atualmente e que também já se deu com os presidentes Itamar Franco, Fernandes Henrique Cardoso e Luís Inácio Lula da Silva, é direito dos brasileiros e deve ser respeitado. Mas não é de graça, não!
O de graça, que não é de graça, é piada, mas graça Brasil afora, sempre a promover os chamados benfeitores do poder.
Fases de Fazer Frases (I)
Impossível acontece, imaginação.
Fases de Fazer Frases (II)
Regressar ao passado, memória.
Fases de Fazer Frases (III)
Falta de verdade, mentira sobra.
Fases de Fazer Frases (IV)
O que não causa não tem motivo.
Fases de Fazer Frases (V)
Amores não acabam, abandonam ou mudam de coração.
Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
É frequente o erro dos meios de comunicação em relacionar Campo Mourão como sendo na Região Noroeste de Maringá. No Jornal televisivo Paraná Segunda edição, exibido da segunda passada, ao noticiar a apreensão de um veículo cheio de maconha. E teve outra informação que não informa quase nada, o apresentação citou a rodovia onde está abandonado o veículo, “BR-487”. Telespectadores de outras regiões têm de memória o número das BR’s e PR’s com respectivas ligações rodoviárias?
O Hino a Campo Mourão destaca onde estamos geograficamente localizados, “no Centro Oeste do Paraná… […] como sempre e na bronca bem enfatiza o jornalista e blogueiro Ilivaldo Duarte.
Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
Por falar em Rede Globo, sem qualquer implicância, o Jornal Nacional levado ao ar na terça anterior, a apresentadora, ao noticiar que os profissionais da cultura receberão auxílio emergencial devido ao coronavírus, leu que o pagamento será feito “em parcela única”. O certo é pagamento único, pois parcela é parte de um todo, divididos em duas ou mais vezes.
Olhos, Vistos do Cotidiano (III)
“Meu médico particular”, “meu advogado particular” são expressões comuns. Desnecessárias. Basta dizer meu médico; meu advogado, está implícita a particularidade sem exclusividade. Na escola o correto é comum por parte dos estudantes: meu professor.
E quando se tratar de profissional do serviço público, no caso dos médicos, eles se referem corretamente aqueles que atendem como meus pacientes.
Olhos, Vistos do Cotidiano (IV)
Relativo ainda ao subtítulo acima, é errado dizer meu amigo íntimo, particular. Toda amizade é uma particularidade com determinado nível de intimidade, do contrário não existiria. O meu implica em particularidade.
Farpas e Ferpas (I)
Quem nunca divide, não soma jamais.
Farpas e Ferpas (II)
Quando se juntam a fome com a vontade de comer, e elas não passam, é miséria.
Reminiscências em Preto e Branco
Na velha casa vazia só a história não se mudou.
José Eugênio Maciel | [email protected]