Área com soja safra 2021/22 atinge 692.620 hectares na Comcam
Seguindo a tendência estadual, a área de soja da safra 2021/22 terá um crescimento de pouco mais de 1% na Comcam. Os produtores rurais reservaram 692.620 hectares para plantio da oleaginosa contra 684.968 ha na safra 2020/21. A produção estimada para esta safra é de 2.666.587 milhões de toneladas contra 2.432.321 milhões/ton anteriormente.
Os dados são do Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab). De acordo com o órgão, os produtores já anteciparam a comercialização de 170.540 toneladas de soja na Comcam, o equivalente a 6,8% da produção regional. A saca de 60 quilos está sendo comercializada em média R$ 154,00.
Os produtores podem iniciar o plantio da soja para a próxima safra a partir do próximo dia 13, quando acaba o vazio sanitário no Estado. O período é estabelecido para que haja uma rotação de culturas, e o solo se mantenha saudável. Segundo o Deral, no Paraná, a estimativa é que o grão seja plantado em 5,61 milhões de hectares. A projeção atual é que o estado colha cerca de 20,9 milhões de toneladas do grão ao final da safra. Esse volume representa aumento de 6% em relação à primeira safra do ciclo 2020/21, quando foram colhidas 19.768.900 toneladas.
Segundo o Deral esta será a maior área da história. Conforme o órgão, a soja vive um bom momento de preço há muitos anos e apresenta maior liquidez entre os produtos agrícolas, incentivada principalmente por muita exportação. “O que impulsiona o produtor é a segurança da cultura. É a cultura que apresenta menos volatilidade de preço, é uma safra em que o produtor se garante, por isso continua apostando na soja”, comenta o economista do Deral, Marcelo Garrido.
Nesta semana, uma das reivindicações dos produtores de soja, liderados pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e por entidades representantes do segmento, foi atendida pelo Ministério da Agricultura.
As publicações das Portarias 388, na quarta-feira (1), e da 399, nesta quinta-feira (2) trazem uma série de restrições para os produtores de soja, com vistas a garantir a efetividade do Plano Nacional de Controle da Ferrugem da Soja (Portaria 306). Ao mesmo tempo altera o calendário de semeadura, de 13 de setembro a 31 de janeiro, respeitando critérios que podem beneficiar os produtores.
A nova legislação também acaba com o período preestabelecido de 110 dias para a semeadura. A partir de agora, o tempo será definido anualmente e terá como base as sugestões apresentadas pela Adapar e pela Superintendência Regional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Paraná. Na prática, tornou possível a extensão do período de semeadura, conforme solicitado pela Adapar.
O documento destaca, ainda, que, excepcionalmente, a Adapar poderá autorizar a semeadura e a manutenção de plantas vivas de soja, independentemente dos períodos de vazio sanitário e de calendário de semeadura.
Para isso, as finalidades dos cultivos autorizados em caráter excepcional deverão ser previamente aprovadas pelo Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas, mediante solicitação do Órgão Estadual de Defesa Sanitária Vegetal, protocolada junto às superintendências federais de agricultura, pecuária e abastecimento, em cada unidade da federação, com o mínimo de 60 dias de antecedência do início dos períodos de vazio sanitário e de calendário de semeadura.
Milho
Já para o milho de 1ª safra, o Deral estima uma área de 16.013 hectares na Comcam e produção inicial de 144.117 toneladas. Atualmente 7% da safra já foi comercializada antecipadamente, o equivalente a 10.141 toneladas. Na safra anterior foram semeados 14.193 hectares, que totalizaram 141.163 toneladas.
O plantio do milho de primeira safra já iniciou na região. Deve ser intensificado com a chegada das chuvas e com o avanço da colheita do milho de segunda safra, que nesta semana atingiu 88% de sua área. Ou seja, foram colhidos 260.217 hectares de um total de 422.203 ha.
A produção estimada inicialmente era de 2.406.557 milhões de toneladas, mas em decorrência de perdas pela estiagem e fortes geadas caiu para 1.195.227 milhão. A produção obtida até o momento é de 1.040.868 milhão de toneladas.
Ainda conforme o Deral, 50% da área a colher estão em condições ruins, 45% médias e 5% boas. 849.196 toneladas, o equivalente a 71,1% da produção regional do milho safrinha foi comercializada pelos produtores até o momento. A saca de 60 quilos está sendo cotada em média R$ 87,00.