Hemonúcleo de Campo Mourão tem aumento no número de doadores

O Hemonúcleo de Campo Mourão só tem a comemorar com os números alcançados durante os seis primeiros meses deste ano com as doações de sangue. Conforme balanço repassado à TRIBUNA, no primeiro semestre de 2019 foram registradas 5.082 doações contra 4.158 no mesmo período de 2018, o equivalente a um aumento de 19% no número de doadores.

Em 2019, a média de doadores por mês durante o primeiro semestre foi de 847 enquanto no ano passado: 693. Houve aumento também de doadores voluntários: 3.854 em 2019 contra 3.061 em 2018, um salto de de 21%. A farmacêutica bioquímica do Hemonúcleo, Maria Luzia Salvador, comemora os números.

ela, o balanço é bastante positivo e demonstra que a população está mais consciente. Na nossa região o aumento aconteceu realmente pelo tête-à-tête com o doador que comparece para doar. Estamos trabalhado para aumentar ainda mais o quantitativo de voluntários, falou. Ela disse que as parcerias com os municípios e gincanas realizadas pela unidade também estão sendo fundamentais para o aumento de doadores. Muitas empresas novas estão nos procurando para realizar campanhas, estamos atingindo também o público jovem, o que é muito bom, argumentou.

Maria Luzia explicou que sempre que um doador novo é atendido no Hemonúcleo, os funcionários tentam sensibilizá-lo para continuar doando. A grande parte das doações não foi feita motivadas apenas para reposições, mas sim aquela continuada em que a pessoa doou uma vez e continuou doando, observou. A nossa meta é aumentar para 100% o número de doadores voluntários. Precisamos do doador fidelizado, emendou.

Além de atender hospitais de toda a Comcam, o banco de sangue de Campo Mourão é interligado a uma rede em todo o Paraná, ou seja, o sangue que não é utilizado aqui é enviado também para outras regiões, salvando vidas em todo o Estado. Maria Luzia afirmou que a tendência é que as doações continuem aumentando. Não colhemos nunca menos de 600 bolsas por mês, observou.

A unidade do Hemonúcleo de Campo Mourão tem capacidade para atender até 60 doadores por dia. O intuito é manter uma estabilidade no número de doações até porque o sangue tem validade, ressaltou a bioquímica.

A doação de sangue é voluntária e não causa prejuízos ao organismo do paciente. Uma única doação é possível salvar até quatro vidas, uma vez que o material é separado em diferentes hemocomponentes: concentrado de hemácias (glóbulos vermelhos), concentrado de plaquetas, plasma e crioprecipitado que podem ser utilizados em diversas situações clínicas.

Existem normas nacionais e internacionais para a triagem de pessoas aptas a doar sangue, sendo que órgãos como o Ministério da Saúde e a Associação Americana de Bancos de Sangue são responsáveis por esse controle. O alto rigor no cumprimento dessas normas garante a saúde das pessoas que receberão o sangue, uma vez que ele não pode estar contaminado com outras doenças.

Os requisitos para doação de sangue são: estar em boas condições de saúde; ter entre 16 e 69 anos, pessoas acima de 60 anos só podem doar se já tiverem doado sangue alguma vez antes dessa idade; pesar no mínimo 50kg; estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas); estar alimentado, por isso evite alimentos gordurosos e aguarde até 2 horas para doar; e apresentar documento original com foto, que permita o reconhecimento do candidato.

Horário diferenciado

Maria Luzia lembrou que o Hemonúcleo de Campo Mourão está funcionando em horário diferenciado neste mês de julho para doações de sangue e cadastro de pessoas para doação de medula óssea. A orientação é para que os doadores fiquem atentos aos horários.

Até o próximo dia 16, das 7h30 às 11 horas, o atendimento será para pessoas interessadas na doação de sangue, e no período da tarde, das 13h30 às 17 horas, o atendimento será exclusivo para o cadastro de medula óssea. Todos os anos fazemos a readequação do horário de atendimento. É importante que os voluntários fiquem atentos aos horários, falou Maria Luzia.

Ela explicou que o transplante de medula óssea é indicado para pacientes com leucemia, linfomas, anemias graves, imunodeficiências entre outras doenças relacionadas aos sistemas sanguíneo e imunológico. Quando um paciente necessita de transplante e não tem um doador na família, é feita uma consulta ao Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (Redome). Se for encontrado um doador compatível, ele então será convidado a fazer exames complementares para realizar a doação, frisou.

Existem atualmente mais de 1 mil pessoas em Campo Mourão cadastradas no Redome. Conforme Maria Luzia, a falta de informação é uma barreira para o aumento de cadastros de doadores. Para fazer o cadastramento como candidato de medula óssea é necessário apresentar o RG, CPF e cartão do SUS.

Agradecemos a todos os colaboradores que puderem comparecer ao Hemonúcleo para fazer a doação de sangue, ou o cadastro de medula óssea, diz ela, ao informar que a Campanha Junho Vermelho, teve um bom número de doações de sangue em Campo Mourão: 730 doadores.