Deputado Douglas quer mudança urgente no atendimento do IML para remoção de corpos
O deputado estadual Douglas Fabrício levou à pauta da Assembleia Legislativa nesta semana um assunto que tem gerado muita revolta entre os órgãos que atendem acidentes de trânsito e mais ainda entre familiares de vítimas fatais: o atendimento do Instituto Médico Legal. O parlamentar pediu apoio dos demais colegas para cobrar que a norma seja mudada e o atendimento possa ser agilizado.
Pela normativa da Secretaria de Segurança Pública do Estado, o atendimento do IML para remoção de corpos só pode ser acionado pela Polícia Civil, através da Central de Comunicações Periciais (Cecomp), após confeccionado o boletim de ocorrências. Só que, no caso de acidentes com mortes, assim como homicídios, os primeiros atendimentos são prestados por equipes de socorro, como Bombeiros ou SAMU. Até que a Polícia Civil faça o atendimento e cumpra todos os trâmites, tem ocorrido das vítimas ficarem horas no local.
“Temos que rever esse protocolo com urgência. Não dá para imaginar que uma pessoa que perdeu a vida, os familiares terem que esperar a burocracia de quem decide a norma no ar condicionado de um gabinete. Quem é diretamente afetada é a população lá na ponta. E não é culpa do IML, pois os funcionários tem que obedecer a norma”, disse o deputado.
Ele citou o caso dos dois acidentes no fim de semana em rodovias da região, onde morreram quatro jovens, três deles no mesmo acidente, em Engenheiro Beltrão. O acidente ocorreu por volta das 4 horas da madrugada e os corpos só foram removidos depois das 10 horas.
“Não concordo com isso e precisamos agilizar esses atendimentos, que não eram assim. Quando a pessoa perdeu a vida, que mais resta? É dar um conforto a família, respeito à própria pessoa que morreu. Com a tecnologia, que avança para melhorar a qualidade de vida da população, no atendimento do IML piorou”, observou, ao acrescentar que tem recebido várias cobranças sobre o assunto.
No pronunciamento de pouco mais de oito minutos, o deputado também abordou sobre o problema da falta de policiais militares e cobrou aumento de efetivo para a região. “A região da Comcam vem sofrendo problemas de segurança pública com uma defasagem de efetivo de mais de 40 por cento”, sintetizou.