Floriculturas fazem reservas e até enfeitam os túmulos para Finados em Campo Mourão
Com a proximidade do Dia de Finados, 2 de novembro, as floriculturas já preparam os estoques, pois é a data em que o comércio de flores fica mais aquecido. Na maioria das empresas do ramo é possível reservar para garantir o produto na véspera. As mais tradicionais até entregam o túmulo enfeitado.
“Os clientes que quiserem nem tem que se preocupar em levar as flores. Já vão encontrar o túmulo ornamentado”, ressalta a empresária Micalina Silveira, há mais de 30 anos no ramo de floricultura em Campo Mourão. “Tenho clientes antigos, que só ligam e autorizam o enfeite dos túmulos que já sei até onde ficam e o jeito que o cliente gosta”, afirma.
Ela afirma que nessa época as vendas aumentam em cerca de 70 por cento. “Meu irmão sempre vem me ajudar e ainda tenho que contratar três ou quatro pessoas para ajudar no atendimento, porque a maioria dos clientes deixa para a última hora”, explica a empresária.
Segundo ela, o foco da floricultura são arranjos com flores variadas. Parte do produto é comprado na região de Maringá e a maioria em São Paulo. Os preços, segundo ela, variam de um simples vaso de R$ 5,00 até arranjos que podem chegar a R$ 300,00. Em comparação com o ano passado, os preços foram reajustados em cerca de 50 por cento. “Por conta da pandemia, muitos produtores pararam e os custos ficaram elevados”, explica.
Em outra floricultura da área central, a funcionária disse que as flores mais vendidas são os crisântemos nas cores branca e amarela. “Os pedidos dobram para o Dia de Finados”, afirma. Por isso, a recomendação é que o cliente reserve antecipadamente. “Quem compra antes consegue produto de melhor qualidade e até atendimento. Se deixar para última hora pode não encontrar”, adverte.
A orientação da administração do Cemitério aos visitantes é não levar flores ou vasos que acumulem água para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças. Outra recomendação é que as embalagens de plástico sejam retiradas das flores.
Marmorarias e pedreiros também faturam mais nessa época
Essa época do ano também é considerada a “safra” das marmorarias e pedreiros que executam serviços no Cemitério Municipal São Judas Tadeu, em Campo Mourão. A procura pelos serviços aumenta em cerca de 60 por cento, o que consequentemente, também eleva o faturamento de quem trabalha no ramo.
“Nessa época temos que contratar mais funcionários para dar conta, mas é o melhor período do ano para nossa atividade”, afirma o sócio-proprietário de uma marmoraria. Além de vender o produto, a maior parte das marmorarias também executa o serviço no Cemitério. O prazo dado pela prefeitura para reformas e construções, porém, venceu na semana passada, dia 22 de outubro.
“O cliente contrata o serviço e recebe pronto”, explica o empresário, ao acrescentar que dependendo do túmulo pode ficar pronto em menos de uma semana. Os preços variam conforme o tamanho do jazigo e o material utilizado. “Um túmulo simples, custa entre 2 a 3 mil reais, mas o limite é o gosto do cliente”, acrescenta. Segundo ele, o material mais solicitado é o granito.
Pedreiros que prestam serviços no Cemitério não costumam revelar números do faturamento, mas admitem que nessa época o trabalho chega a triplicar e nem conseguem dar conta da procura.