Rubens Calixto era cartorário em Fênix, já foi diretor de Planejamento da prefeitura da cidade. Era um defensor do Rio Ivaí. Seu corpo será sepultado hoje, às 13 horas, no cemitério municipal de Fênix. Não haverá velório
Campo Mourão Região 

Morre por complicações da Covid-19 o cartorário Rubens Calixto, idealizador do Rally Fluvial de Fênix

Walter Pereira, Tribuna do Interior , ,

Morreu às 21h30 dessa quarta-feira (2), por complicações da Covid-19, o cartorário e idealizador do Rally Fluvial de Fênix, Rubens Calixto, 89 anos de idade. Ele estava internado no hospital Santa Casa de Campo Mourão desde o dia 18 de janeiro. Era pai do ex-secretário de Ouvidoria e Fiscalização do município, Cristiano Augusto Calixto.

Rubens era pioneiro da cidade de Fênix, onde residia desde a década de 60, vindo da cidade de Jandaia do Sul. Já foi, inclusive, diretor de Planejamento da prefeitura da cidade. Devido aos protocolos de segurança da Covid-19, não haverá velório. O sepultamento será às 13 horas desta quinta-feira (3), no Cemitério Municipal de Fênix.

Rubens deixa a esposa, dona Hilda; os seis filhos, Cristiano Augusto, Rômulo César, Maria Valéria, Rubens Humberto, Joaquim José e Paulo Domingos; 12 netos e 5 bisnetos. Durante sua vida, o cartorário construiu um legado de amigos. Muito conhecido na cidade, era bastante respeitado por sua educação e a forma de tratamento com as pessoas.

Mesmo aos 89 anos, era bastante ativo. Ainda desempenhava suas funções como cartorário no município. Além da paixão pela família e profissão, Rubens era um amante da natureza. Um defensor do Rio Ivaí. Apaixonado pela fauna e flora, foi ele o idealizador do Rally Fluvial de Fênix, um dos maiores eventos do segmento no Paraná, realizado anualmente no Rio Ivaí.

A primeira edição foi realizada em 1997. Ao longo destes anos, o evento ganhou força, resgatando a história do município, cumprindo com um de seus principais objetivos: a preservação do meio ambiente. O Rally não só ganhou novos adeptos, como também trouxe participantes de várias regiões do Paraná para conhecer a pequena Fênix. Hoje faz parte do calendário oficial de eventos oficiais do município e do Estado.

“Meu pai gostava de vida, de natureza, das flores e dos passarinhos. Era o espelho da família”, disse à TRIBUNA o advogado Cristiano Augusto Calixto, um dos filhos. “Saí de casa muito cedo, com 12 anos para estudar e nunca na minha vida deixei de fazer nada que não fosse pensando se ia respeitá-lo ou não”, emendou.

Rubens Calixto era natural de Jacarezinho. Na adolescência se mudou a Jandaia do Sul com os pais, que foram pioneiros na cidade ainda na década de 40. Em 1960 casou e se mudou para Fênix. Em 1961 assumiu a delegação do cartório de Fênix. “Se somar todas as nossas idades – filhos e mãe- dá mais meio milênio, meu pai teve a graça e benção de nunca ter sepultado nenhum descendente dele”, falou Cristiano Augusto.