Morre aos 93 anos o médico Theodoro Beck, pioneiro de Araruna
Morreu na tarde desta quinta-feira (10), aos 93 anos, o médico e pioneiro de Araruna, Theodoro Busso Beck. Ele faleceu por problemas de saúde. O velório será na capela mortuária do município, a partir das 18h30. Já o sepultamento será nesta sexta-feira (11), no cemitério municipal. Beck havia completado seus 93 anos de vida no último dia 20 de janeiro. O prefeito da cidade, Leandro Cesar Oliveira, decretou luto oficial de três dias pela perda.
Além de médico, era também uma liderança pecuária, muito conhecido em toda a região da Comcam. O médico já foi dono do hospital do município, quando ainda era particular. Hoje é público. Ele deixa a esposa Hildegard, os filhos Ricardo e Roberto, duas noras e 5 netos.
Os dois filhos de Dr. Theodoro, como era conhecido o médico, aliás, seguiram seus passos na medicina. Ricardo Theodoro Beck é gineco-obstetra e Roberto Teodoro Beck, especialista em cirurgia geral, cirurgia vascular e com área de atuação em angiorradiologia e cirurgia endovascular. Três dos netos também seguiram os passos na medicina: Theodoro Busso Beck Neto; Eduardo Teodoro Döhler Beck e Alexandre Teodoro Döhler Beck.
Dr. Theodoro sempre praticou medicina com muito amor. Ele definia a atividade como ‘uma profissão de dedicação, que exigia disposição e pleno respeito ao paciente’. De seus 93 anos de vida, mais de 60 foram de plena atividade médica.
Filho de imigrantes alemães radicados em Curitiba, foi o primeiro da família a fazer curso superior e a escolha pela formação médica foi decidida face ao projeto de vida de ter uma profissão em que pudesse ajudar as pessoas. Assim, exalta o companheirismo da esposa Hildegard, da mesma idade que ele, como fundamental para a vida profissional no interior ‑ ela que foi a primeira a trabalhar nos serviços de enfermagem quando ele construiu o hospital de madeira e o fez funcionar numa Araruna que ainda começava a ganhar vida como município. “Amor e prazer ao que se faz”, esta era a explicação do médico quando falava dos tantos anos de atividade.
Diariamente Theodoro se desdobrava para cumprir múltiplas tarefas. Além de médico, dirigente hospitalar, agropecuarista e também cooperativista, era um dos pioneiros e participante ativo da Coamo. Autodidata, tocar violino era seu hobby
Dr. Theodoro passou a infância no bairro Cajuru, em Curitiba, ao lado das irmãs Marlemne e Eklenwilde e dos pais Germano e Maria (na grafia de seus documentos). O pai era mecânico e estudou no país de origem, a Alemanha, enquanto a mãe se encarregava dos cuidados da família.
Em meio aos estudos no Colégio Estadual do Paraná, teve de decidir seu futuro. Disposto a escolher uma profissão em que pudesse ajudar as pessoas, até ficou tentado a acompanhar um colega na Odontologia. Porém, optou pela medicina. A primeira profissão dele, antes de ser médico, foi a de relojoeiro.