Municípios da Comcam têm ausência de até 70% da população para dose de reforço contra Covid
Pelo menos 70% dos moradores, público-alvo da vacinação contra a Covid-19, dos municípios de Altamira do Paraná, Nova Cantu, Corumbataí do Sul, Janiópolis e Mamborê receberam a primeira e segunda dose da vacina e não retornaram às unidades de saúde para a dose de reforço (3ª dose).
Os dados são preocupantes, já que além de a população ficar desprotegida de complicações mais graves do vírus ainda atrasa o avanço da imunização nas cidades. Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (Sesa-PR).
“Sempre estamos alertando a população para importância de completar o esquema vacinal com todas as doses. Somente desta forma os moradores estarão protegidos contra complicações da Covid-19”, orientou o chefe da 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão, Eurivelton Wagner Siqueira.
Conforme levantamento da Sesa, 3.862.627 pessoas tomaram a primeira e segunda doses (esquema primário completo) e por algum motivo não especificado não retornaram para a dose de reforço no prazo recomendado pelo Ministério da Saúde (MS). Os dados são da Interface de Programação de Aplicações (API) de Consumo de Dados contidos na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e são mais fieis do que o Vacinômetro nacional porque refletem um cruzamento de CPFs, impedindo eventual duplicidade ou atraso na notificação.
No Paraná, os maiores números de faltosos estão nestes municípios acima citados e também em Piên, Guarapuava, Boa Vista da Aparecida e Jundiaí do Sul. A Sesa ressalta que com o novo cenário da flexibilização do uso de máscaras em espaços abertos no Paraná, a vacinação contra a Covid-19 ganha um papel ainda mais importante. Quase 80% da população está com a cobertura vacinal completa, com duas doses ou a dose única. “Mas muitos paranaenses acima de 18 anos não compareceram ainda aos postos de saúde para a aplicação da dose de reforço, que aumenta a quantidade de anticorpos contra o vírus”, alerta a Sesa.
Em fevereiro, o Ministério da Saúde recomendou a aplicação de uma dose de reforço para os adolescentes (12 a 17 anos) imunocomprometidos. A orientação é de que o esquema primário de vacinação desse grupo deve ser feito com três doses – primeira, segunda e dose adicional – com intervalo de oito semanas entre elas.
Após a conclusão desse esquema, é recomendada ainda uma dose de reforço quatro meses após a terceira dose (ou dose adicional). Essa orientação já vale para a população adulta, com mais de 18 anos, com alto grau de imunossupressão. A vacinação para o público adolescente imunocomprometido deve ser feita obrigatoriamente com a vacina da Pfizer.