Após bom diálogo entre PM e manifestantes, barreira da BR-487 é aberta
Até as 18h de hoje, a ordem era obstruir a passagem de caminhões e ônibus na BR-487, saída para Luiziana. Mas o bom diálogo entre o Comandante do 11 Batalhão de Polícia Militar de Campo Mourão, Tenente Coronel Giraldes e os manifestantes, fez o bloqueio ser aberto. Pelo menos, até as filas zerarem. “O manifesto de vocês é constitucional. Mas o direito de ir e vir também é”, explicou o Comandante. Polido, respeitoso e com boas argumentações, ele conseguiu fluir o tráfego. E o mais importante: sem o emprego da força.
O bloqueio teve início ainda na madrugada desta segunda-feira. Utilizando montes de cascalho sobre a via, os contrários ao resultado das eleições impediram a passagem de tudo, com exceção de ambulâncias. Aos poucos, carros de passeio também foram liberados. “Estou aqui, parado, desde as 6 horas da manhã. Eu não posso ficar. Tenho a faculdade dos meus filhos pra pagar. Se eu não trabalhar, ninguém vai pagar os boletos deles”, disse um caminhoneiro de União da Vitória. Segundo ele, as manifestações são legítimas, desde que o direito de ir e vir também seja preservado.
Contrários ao resultado das eleições, manifestantes voltaram às ruas e rodovias de Campo Mourão. No domingo, uma grande multidão se concentrou em frente ao Tiro de Guerra. Lá, em coro, pediram por uma intervenção federal. Eles também oraram pelo futuro do país, o qual, segundo eles, pode ser “entregue ao comunismo”. Carregando bandeiras do Brasil, todos, em comum, não aceitam a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Já era madrugada de segunda-feira quando “contrários” voltaram a bloquear dois trechos de rodovias: o primeiro na saída para Luiziana, BR 487, e o segundo em Peabiru. Em alguns postos de combustíveis da cidade ainda faltam combustíveis, como a gasolina e etanol, comuns. Aderindo aos manifestos, parte do comércio mourãoense não abriu.