Casos de dengue aumentam na região e municípios intensificam ações de combate
Os casos de dengue continuam aumentando na Comcam. Conforme boletim divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde do Paraná (Sesa-PR), são 19 as confirmações na região, sendo 18 casos autóctones, em que o paciente é contaminado no município de domicílio. Com o avanço da doença os municípios seguem intensificando ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor. Os dados são referentes ao período sazonal iniciado em 31 de julho deste ano.
De acordo com o boletim, os 25 municípios da região somam 564 notificações da doença e têm ainda 146 casos prováveis, que aguardam resultados de exames laboratoriais. As cidades com pacientes infectados são: Barbosa Ferraz (2); Engenheiro Beltrão (7); Fênix (2); Goioerê (2); Moreira Sales (4); e Quinta do Sol (2).
Conforme a Sesa, as notificações foram registradas em Altamira do Paraná (1); Araruna (3); Barbosa Ferraz (123); Boa Esperança (5); Campina da Lagoa (1); Campo Mourão (92); Engenheiro Beltrão (41); Fênix (36); Goioerê (67); Iretama (12); Janiópolis (28); Juranda (48); Mamborê (3); Moreira Sales (9); Nova Cantu (2); Peabiru (3); Quinta do Sol (47); Rancho Alegre D’Oeste (2); Roncador (9); Terra Boa (12); e Ubiratã (20).
Levantamentos de Índice Rápido de Infestação do mosquito (LIRA), feito pelos municípios em outubro apontam o aumento da infestação do Aedes. Em Campo Mourão, por exemplo, que estava abaixo de 1%, aumentou 2,46%. Para se ter ideia, de 43 localidades analisadas, em 12 o LIRA constatou alto índice de infestação – acima de 4%-, em 10 médio risco e em 21, baixo. Os maiores índices foram constatados nas localidades São Francisco (13,79%), Indianápolis (10%) e Vila Cândida (9,09%).
Dos 1.828 imóveis verificados, em 45 foram encontrados focos. A coordenadora do trabalho de campo no município, Marinalva Ferreira da Luz, comentou que em nenhum momento o município parou com as ações de combate ao mosquito, desde trabalhos de campo, caminhadas ecológicas, entre outros.
Em Engenheiro Beltrão, a secretaria da Saúde também segue em alerta para a doença, com um índice geral de infestação de 1,4% e 7 casos confirmados da doença, o setor de endemias está intensificando as visitas domiciliares. Conforme a Saúde, onde há notificações é feito o bloqueio com visitas e quando são encontradas larvas, é aplicado inseticida também.
O coordenador de endemias do município, Sérgio René Mazini, disse que os principais criadouros do mosquito são depósitos de armazenamento de água de chuva, pneus, entulho e lixo doméstico. A orientação é para que as pessoas cuidem de seus quintais e, proprietários de terrenos baldios, que façam roçadas constantes. “É preciso que cada um cuide de seu quintal, evitando deixar água parada e lixo acumulado”, disse Mazini, lembrando que os pontos mais críticos são a Vila Operária e as imediações da Aspumeb.
A 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão tem acompanhado a situação nos municípios com o envio de equipes técnicas aos locais para apoio nas ações, além do constante treinamento e orientação aos profissionais nas cidades. A preocupação é para as previsões chuvosas de dezembro, período em que aumenta o risco da disseminação da dengue. A orientação é que a população observe seus quintais e fique atenta à água parada nos recipientes e a outros potenciais criadouros do mosquito transmissor.
A dengue segue avançando em todo o Paraná. De acordo com o boletim epidemiológico da Sesa, o Estado registrou nesta semana 137 novos casos, totalizando 1.675 confirmações, 22.133 notificações e três mortes pela doença. Além da dengue, o mosquito Aedes aegypti também é responsável pela transmissão de zika e chikungunya. Durante este período não houve registro de casos de zika e dois casos de febre chikungunya foram confirmados, ambos importados.