Janeiro Branco alerta para saúde mental. Lei foi proposta pelo deputado Requião Filho
Neste início de ano, como parte da campanha “Janeiro Branco”, a Secretaria Estadual da Saúde irá promover ações para sensibilizar para a importância da promoção da saúde mental. O mês é dedicado aos cuidados a partir da prevenção das doenças decorrentes do estresse, incluindo os sofrimentos mentais mais comuns, como depressão, ansiedade e pânico. As atividades serão realizadas também pelos municípios da Comcam.
O mês de prevenção virou lei estadual – Lei 116/2017- através de projeto apresentado pelo deputado estadual Requião Filho (PT). “É um projeto muito importante que trata da importância da prevenção, e da necessidade de acesso a serviços de saúde. A campanha Janeiro Branco tem o apoio do Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR), de forma que, neste período, as pessoas possam ser inspiradas e incentivadas a pensarem sobre a Saúde Mental em uma perspectiva preventiva, integral e em termos tanto individuais, quanto coletivos”, disse o deputado.
Segundo ele, os ‘paranaenses estão vivendo momentos de ansiedade pelo início de um novo governo reeleito, que não está alinhado com o Governo Federal’. “Nosso projeto já está em vigor há cinco anos e eles se recusam a divulgar sua autoria”, criticou o deputado.
Desde que foi implantada no Estado, a campanha “Janeiro Branco” enfatiza ações capazes de promover saúde mental, como políticas públicas específicas para essa área e condições sociais dignas de existência; práticas de exercícios físicos; autoconhecimento; qualidade de vida; contato com a natureza; autonomia; sentidos próprios de vida, entre outros fatores que possam trazer bem-estar.
Completando cinco anos de lançamento no Paraná, o tema escolhido para este ano foi “A vida pede equilíbrio”, estimulando a melhoria nas relações humanas, o enfrentamento e combate do estigma sobre os adoecimentos mentais e a valorização e fortalecimento de políticas públicas.
A lei
Em março de 2018, a Lei Estadual nº 19.430, de autoria de Requião Filho, instituiu este mês para a realização de ações preventivas e campanhas educativas para a difusão da saúde mental pelo Poder Público, iniciativa privada e outros setores da sociedade civil organizada.
Os anos recentes de pandemia da Covid-19 deram maior destaque à importância do cuidado à saúde mental da população, que foi amplamente impactada. Vários estudos ressaltam o aumento de sintomas como ansiedade, depressão, assim como do uso de substâncias psicoativas (que agem no cérebro, alterando as sensações, o estado emocional ou o nível de consciência).
O estudo One Year of Covid-19, realizado pelo Instituto Ipsos, apontou que 53% das pessoas entrevistadas dentro de um grupo amostral no Brasil dizem ter piorado a condição mental desde o início da pandemia, e dentre os 30 países participantes da pesquisa, o Brasil ocupou o quinto lugar em relação às maiores consequências da doença na saúde mental da população.
A Ipsos foi a primeira instituição de pesquisa do mundo a aderir ao Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), com o compromisso de realizar pesquisas voltadas aos direitos humanos, trabalho, ambiente e combate à corrupção.