Sustentabilidade ambiental, missão de todos
Os paranaenses podem se orgulhar de viver hoje no estado mais sustentável do Brasil. E quem afirma isso não é próprio o governo, mas o Centro de Liderança Pública, órgão independente e confiável que elabora anualmente o ranking de competitividade dos estados, e a OCDE, em estudo que reconhece o Paraná como uma referência na área.
Mas isso é apenas uma consequência do trabalho que tem sido realizado por aqui, cujo resultado é mais importante para os cidadãos do que qualquer ranking ou premiação.
Cuidar do meio ambiente é zelar pela atmosfera, pelas florestas, pela água, pela flora, pela fauna e, sobretudo, pelos seres humanos.
Sabemos que o homem é o principal responsável pela degradação ambiental do planeta e é quem mais sofre com ela. A população mundial simplesmente dobrou em menos de meio século. No Paraná, se deu o mesmo: éramos 4,2 milhões em 1960; hoje, somos 11,6 milhões, de acordo com a mais recente estimativa do IBGE. São pessoas disputando o mesmo espaço, a mesma água, o mesmo ar, os mesmos recursos naturais.
Assim, as políticas ambientais adotadas nessa gestão foram voltadas para garantir essa equação: preservar o meio ambiente e ao mesmo tempo proporcionar qualidade de vida para todos os cidadãos. Um desafio gigantesco!
Em quatro anos, o Paraná atingiu marcas até então consideradas inatingíveis e implantou projetos e políticas que trouxeram esse reconhecimento nacional e internacional.
O programa Paraná Mais Verde resultou no cultivo e na distribuição de 7 milhões de mudas de árvores nativas. É um número tão significativo quanto impressionante.
Os Parques Urbanos já receberam investimentos de R$ 72 milhões e estão levando proteção da água e do solo e qualidade de vida a 63 municípios, transformando áreas antes degradadas e lixões a céu aberto em locais de convívio, esporte e lazer. É o maior programa de parques urbanos do país!
O Programa Rio Vivo resultou na soltura de 2,7 milhões de peixes juvenis nativos em nossas bacias hidrográficas. Um repovoamento inédito, que vai garantir a perpetuação das espécies – além de uma grande e importante ação de educação ambiental.
A Patrulha Ambiental auxilia os municípios a recolher e destinar o lixo e a combater as queimadas. São caminhões pipa, caçamba, poliguindastes, dentre outros – que muitas administrações municipais, especialmente as de cidades menores, jamais teriam condições de adquirir por conta própria, sem apoio do estado.
Isso entre tantos outros programas, como o de proteção à fauna silvestre, o de gestão de resíduos sólidos, o de criação de abelhas nativas sem ferrão, de prevenção a incêndios na natureza.
O estado administra hoje 70 Unidades de Conservação, divididas entre 50 unidades em regime de proteção integral e 20 unidades em regime de uso sustentável, totalizando uma área de 1.250.235,77 hectares de áreas conservadas.
Sem contar que o Paraná é pioneiro na adoção do ICMS Ecológico – criado em 1991 como medida de distribuição dos recursos aos municípios mediante o estabelecimento de critérios de proteção ambiental pré-definidos. Desde então, já foram repassados mais de R$ 7 bilhões aos municípios que preservam áreas verdes.
Por outro lado, a fiscalização e o combate ao desmatamento ilegal têm sido intensificados. Assim, estamos facilitamos a vida de quem quer produzir com sustentabilidade e endurecemos o jogo com quem insiste em cometer crimes ambientais.
Mas, para ser referência em sustentabilidade, não basta haver ações do governo estadual. É necessária a conscientização e a participação de todos: prefeituras municipais, empresas e cidadãos. É uma missão, enfim, de toda a sociedade.
* Marcio Nunes é deputado estadual e ex-secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo do Paraná