Confirmações de dengue têm aumento de 31% na Comcam
As confirmações de dengue aumentaram 31,58% na região de Campo Mourão nos últimos sete dias. Os casos acumulados saltaram de 95 para 125, ou seja, 30 novas confirmações. Destas, 100 são autóctones, quando o vírus é contraído no município de residência do morador infectado.
Os dados são do boletim semanal da dengue, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). A Comcam totaliza 2.273 notificações. Na semana passada eram 2.095. Casos prováveis saltaram de 515 para 567. A região tem ainda dois casos confirmados de febre chikungunya: um em Campo Mourão e outro em Goioerê. Os pacientes infectados já se recuperaram sem maiores complicações.
Campo Mourão é o município que acumula maior número de confirmações da doença: 30, depois Goioerê, com 20 e Engenheiro Beltrão (14). Os casos por cidade são: Altamira do Paraná (2), Araruna (4), Barbosa Ferraz (3), Boa Esperança (1), Campo Mourão (30), Corumbataí do Sul (1), Engenheiro Beltrão (14), Fênix (4), Goioerê (20), Iretama (1), Janiópolis (11), Mamborê (2), Moreira Sales (12), Nova Cantu (1), Peabiru (1), Quarto Centenário (5), Quinta do Sol (9), Rancho Alegre D’ Oeste (1), Terra Boa (1) e Ubiratã (2).
Com o avanço da doença, mesmo com a proximidade do inverno, os municípios vem intensificando ainda mais as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, mosquito da dengue, como vistorias de campo, arrastões em locais mais críticos, e, também, multando moradores reincidentes.
Se na região os números já são preocupantes, em nível de Paraná, acende o sinal de alerta vermelho. É que o Estado, conforme a Sesa, registrou 10.351 novos casos da doença e mais oito óbitos. Agora, ao todo, são 45.784 confirmações e 29 mortes de dez mulheres e 19 homens no período sazonal da doença, que iniciou em 31 de julho de 2022 e segue até julho próximo. Os casos confirmados estão presentes em 328 municípios.
De acordo com o informe epidemiológico, quatro óbitos ocorreram em Londrina (Norte), sendo dois homens, de 90 e 65 anos, ambos com comorbidades, e duas mulheres, de 30 e 54 anos, uma delas sem comorbidades. Duas mortes foram registradas em Foz do Iguaçu (Oeste), uma mulher de 54 anos e uma criança de 2 anos e 11 meses, ambas sem comorbidades. As outras duas são referentes a dois homens, de 65 e 62 anos, sem comorbidades e residentes em Matinhos, no Litoral.
Segundo a Sesa, o Governo do Paraná ‘não está medindo esforços no enfrentamento à dengue’. Um levantamento da equipe de Vigilância Ambiental da Saúde mostra que os números de casos registrados até agora (45.784) são próximos aos confirmados em todo o período sazonal anterior (2021/2022), que contabilizou 43.751. Em 2020/2021, foram confirmados 14.843 casos e, em 2019/2020, 157.418, com 122 óbitos.
Zika e chikungunya
O Aedes aegypti também é responsável, além da dengue, pelo zika e chikungunya. Durante este período não houve confirmação de casos de zika. Já o panorama de chikungunya no Paraná apresenta 2.239 notificações, 395 casos confirmados da doença, sendo 274 autóctones, e três óbitos.