Exemplo, dona Maria consegue ingressar na Universidade aos 70 anos em Campo Mourão
Exemplo de superação. Desta forma pode ser definida a moradora de Campo Mourão Maria Alves dos Santos. Acreditem, aos 70 anos de idade, ela caba de ingressar em um curso superior na Universidade Estadual do Paraná (Unespar). Faz pedagogia.
“Eu queria ter me preparado para o vestibular. Não tinha feito cursinho, não tinha estudado, nem nada. Quando fiquei sabendo que ia ter prova do vestibular, até li alguma coisa tentando me preparar, mas não tive tempo, fui com a cara e coragem mesmo, e deu certo”, declarou ela.
Dona Maria disse que era estudar ciências contábeis, mas acabou cursando pedagogia. “Um sonho que eu guardava desde quando era bem jovem”, diz. Maria lembra que quando jovem cursou o básico de Administração e Magistério. “Nada além disso, até porque sempre me dediquei a cuidar da família e não tinha tempo para mais nada”, frisou. Com o passar dos anos, a vida ficou mais tranquila e teve a oportunidade de tentar o vestibular.
A família sempre a apoiou nessa decisão e cita o filho mais velho que ficou ‘maravilhado’ com a decisão dela e a filha, que a apoiou em todos os momentos, dizendo sempre para a mãe seguir em frente e realizar seu sonho. “Ainda tinham os sobrinhos, sobrinhas e a neta, todos me dando a maior força”, conta a agora universitária, toda feliz.
Dona Maria começou a frequentar as aulas em maio desse ano e não hesita em dizer que se sente muito bem em sala de aula. Mas, segundo ela, tem uma certa dificuldade técnica. “Não sei se pela idade ou pela própria tecnologia avançada”, diz. Apesar disso, garante que está gostando de voltar a estudar.
“Estou me sentindo bem mais jovem, quero me aprimorar e me atualizar e, no futuro, estar mais integrada à sociedade”, declara. Ela ainda ressalta que foi ‘muito bem recebida’ no primeiro dia de aula e que sentiu como se fosse jovem com a mesma idade dos demais estudantes em sala.
Empolgada, a caloura também lembra que quando entrou na sala de aula e viu o professor falando sobre as matérias, achou ‘tudo meio dificultoso’. “Percebi que hoje, com a tecnologia avançada, os alunos mais novos é que pegam tudo muito rápido. Eu demoro mais, porém, não desisto, e vou até o fim porque quero ser igual eles”, ressalta.
Para o futuro, a estudante planeja, depois de formada, trabalhar, fazer projetos e ajudar outros alunos e idosos a se conscientizarem para frequentarem uma faculdade, para se integrarem com outras pessoas e ideias. “Quando a pessoa tem um sonho, deve correr atrás, até que um dia ela vê que é capaz de realizar o sonho. Não importa a idade, se é nova ou não, ela vai realizar. Igual eu”, afirmou.
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