Roncador conquista topo da lista no Índice Firjan de Gestão Fiscal
A Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) divulgou o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) 2023, com dados oficiais de 2022. O estudo avaliou as contas dos municípios com nota que varia de 0 a 1,0. Na Comcam, Roncador conquistou o topo da lista entre os 25 municípios da região, atingindo a média 0,9272, o que é considerado ‘alto desenvolvimento’ ou gestão de ‘excelência’. Em nível de Estado, figura a 24º colocação. O município obteve nota máxima em três dos itens avaliados: autonomia, investimentos e liquidez. Campo Mourão, cidade polo da Comcam, ficou na 10ª colocação com média 0.7920.
O prefeito da cidade, Vivaldo Lessa, comemorou o resultado. Segundo ele, a nota alcançada confirma que a administração municipal está no ‘trilho’ certo frente à gestão do município. “Estamos muito felizes com o indicador alcançado. De forma humilde, por ser da área técnica, aguardávamos este resultado por causa do esforço feito por toda a equipe e uma sequência de trabalho no município ao longo dos 10 anos”, falou, ao se referir que as ações que consagram o município com o melhor índice da Comcam vêm desde a administração da ex-prefeita Marília Perota, a qual Lessa foi vice-prefeito.
Apesar dos esforços da gestão, o prefeito reconhece que tem muito ainda a ser feito pelo município e pela população. Como exemplo, citou a situação das estradas rurais, que foram severamente danificadas com as últimas chuvas. O resultado das enchentes foi desastroso: três pontes arrastadas por rios e 10 bueiros destruídos. A situação vem causando transtornos imensuráveis aos usuários.
Além de toda esta situação, a extensa malha viária rural de Roncador, são mais de 1,1 mil quilômetros, dificulta que todas as regiões recebam os trabalhos mais rapidamente. “Sabemos das dificuldades dos produtores no nosso município e da importância deles para nossa economia. Não estamos medindo esforços para atender a todos na medida do possível”, falou, ao comentar que solicitou a frota da patrulha rural do Consórcio do Desenvolvimento da Comcam para trabalhos emergenciais no município.
Além disso, Lessa informou em primeira mão que Roncador teve projeto aprovado pela Hidrelétrica Itaipu via Programa Itaipu mais Energia, que destinará ao município o valor de R$ 2 milhões São recursos livres que poderão ser utilizadas em diversas obras. O prefeito disse que a maior parte do dinheiro será aplicada na recuperação e readequação do trecho que liga a sede da cidade ao distrito do Alto São João. “Não é de hoje que a população daquela comunidade vem sofrendo para deslocar até a cidade. Além disso, a estrada é um trecho importante para o escoamento de toda produção agrícola e pecuária”, falou.
Lessa destacou que desde que assumiu a gestão municipal em Roncador procurou trabalhar para beneficiar a comunidade como um todo buscando sempre o equilíbrio e transparência dos recursos públicos, assim como a valorização do servidor público. “Procuramos sempre administrar com os pés no chão. Com muito equilíbrio das contas públicas e sensatez sem deixar de atender as necessidades primárias como Saúde e Educação”, argumentou.
O prefeito observou que Roncador, assim como outros municípios, vem sofrendo com a queda da arrecadação. Enquanto isso, os custos para os serviços tudo aumentaram. “Mesmo com todos estes imbróglios e um momento tenso, em que fomos afetados em cheio pelas fortes chuvas, conseguimos realizar uma festa de aniversário da cidade para a população. Mas sem tirar recursos de investimentos. Fizemos tudo programado e com os pés no chão sem deixar nenhuma dívida para trás”, frisou.
Região
Na Comcam, Nova Cantu e Campina da Lagoa são outros dois municípios que se destacaram, alcançando nota 0.9109 e 0.8988, respectivamente. No Paraná, figuraram a 32ª e 39ª colocação. Dos 21 municípios da Comcam avaliados, 9 foram classificados como gestão de “excelência” e sete como “boa gestão”.
O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal foi criado em 2008 para monitorar o desenvolvimento socioeconômico dos municípios. A nota varia de 0 a 1: quanto mais próximo de 1, melhor é o desenvolvimento da cidade. A metodologia do índice é uma média entre quatro componentes.
São avaliados: Autonomia: se as receitas que vêm da economia municipal são suficientes para manter a Prefeitura (Poder Executivo) e a Câmara dos Vereadores (Poder Legislativo); Gastos com pessoal: evidencia quanto é gasto em cada município com o pagamento de servidores, públicos e terceirizados, em relação ao total da Receita Corrente Líquida; Liquidez: traça paralelo entre o total de restos a pagar acumulados no ano e os recursos disponíveis nos cofres públicos para cobri-los no ano seguinte e Investimentos: diz respeito à parte da Receita Total destinada para investimentos nos municípios.
Ranking na região
* O número entre parênteses representa a colocação dos municípios a nível estadual. As cidades de Corumbataí do Sul, Engenheiro Beltrão, Peabiru e Rancho Alegre d’ Oeste aparecem na lista sem informações no IFGM 2023.
“Excelência”
Roncador – 0.9272 (24)
Nova Cantu – 0.9109 (32)
Campina da Lagoa – 0.8988 (39)
Juranda – 0.8580 (74)
Mamborê – 0.8503 (85)
Boa Esperança – 0.8214 (105)
Goioerê – 0.8175 (111)
Terra Boa – 0.8148 (113)
Ubiratã – 0.8144 (114)
“Boa gestão”
Campo Mourão – 0.7920 (135)
Quarto Centenário – 0.7917 (116)
Luiziana – 0.7190 (207)
Fênix 0.7114 (215)
Janiópolis – 0.6557 (279)
Farol – 0.6469 (285)
Barbosa Ferraz – 0.6074 (312)
“Dificuldade”
Araruna – 0.5844 (325)
Iretama – 0.5459 (342)
Altamira do Paraná – 0.5121 (352)
Quinta do Sol – 0.5089 (353)
Moreira Sales – 0.5004 (356)