Luiziana decreta estado de emergência por epidemia de dengue
O prefeito de Luiziana, Wilson Tureck, decretou estado de emergência por 180 dias (6 meses) no município em razão da epidemia de dengue enfrentada pela cidade. A TRIBUNA tentou confirmar junto à Saúde os números exatos de casos, já que os dados não estão constam no documento assinado pelo prefeito. Porém, até o fechamento desta reportagem, as informações não foram repassadas pelo setor.
No entanto, conforme informações extraoficiais a cidade tem mais de 100 casos confirmados pela Saúde municipal e ultrapassa 1.000 notificações. Desde a semana passada o cenário vem sobrecarregando o sistema de saúde. Moradores com sintomas da dengue tem superlotado a unidade básica de saúde nos últimos dias.
O decreto assinado pelo prefeito autoriza, de forma excepcional, a contratação temporária de pessoal em caso de necessidade para as ações de combate ao vírus e determina às equipes de agentes comunitários de Endemias e Saúde a intensificarem medidas de prevenção e controle do Aedes aegypti junto à população.
O documento autoriza também agentes Comunitários adentrarem em lotes vazios ou em locais cujas residências estejam fechadas para monitoramento, tratamento e eliminação de possíveis focos de infestação de larvas do mosquito.
Ainda conforme o decreto, sempre que houver necessidade do ingresso forçado em domicílios particulares, a Vigilância Sanitária fará um auto de infração ao morador, acarretando em multa que varia de R$ 182,00 a R$ 1.092,00, dependendo da condição do local. Fica determinada ainda mobilização intensiva da Vigilância Sanitária Epidemiológica a se organizar como escalas de serviços diurnos e noturnos para combate ao aedes.
Cenário regional
Boletim da Secretaria Estadual da Saúde do Paraná (Sesa-PR) apontou que esta semana a região registrou um aumento de 113,75% no numero de casos de dengue em relação à semana passada. As confirmações saltaram de 160 para 342. Deste total, 295 são autóctones, em que o paciente foi contaminado no município de origem. Os demais, importados. O período epidemiológico teve início em julho de 2023 e segue até o final de julho deste ano.
A Comcam tem ainda 2.006 casos prováveis, ou seja, em investigação, aguardando resultado e exame laboratorial e 3.049 notificações. Na região, Quinta do Sol também enfrenta epidemia da doença com mais de 100 casos confirmados pela Saúde local.
Vacina
Nessa quinta-feira (25), a Sesa anunciou que 30 municípios do Paraná vão receber o primeiro lote da vacina contra a dengue enviado pelo Ministério da Saúde. Inicialmente, o público-alvo determinado pelo MS é de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações pela doença, depois dos idosos, que não têm indicação de vacinação, neste momento, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O esquema é composto por duas doses com intervalo de três meses entre elas. No Paraná, a estimativa deste primeiro público-alvo nestas regiões é de 86.836 pessoas.
As regiões priorizadas são aquelas com mais de 100 mil habitantes, alta transmissão da dengue e com predominância do sorotipo DENV-2. A vacinação deve iniciar no mês de fevereiro, conforme previsão do Ministério da Saúde. A Sesa aguarda informações técnicas sobre o quantitativo de doses e a data de entrega para distribuição aos municípios.