Secretário Beto Preto visita Campo Mourão e reforça apoio a município para ‘reerguer’ Santa Casa

O secretário Estadual da Saúde do Paraná, Beto Preto, participou na manhã desta sexta-feira (16) em Campo Mourão, junto do secretário do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni, da inauguração do novo prédio do Conselho Tutelar do município, localizado na Rua Ângelo Amaral, centro. Na ocasião, Beto Preto comentou sobre a intervenção pela administração municipal na Santa Casa e reafirmou o compromisso de parceria do Governo do Paraná para reerguer o hospital.

A unidade é referência no atendimento aos mais de 300 mil habitantes na Comcam. Além de uma dívida que se aproxima de R$ 60 milhões, vários serviços à população estão interrompidos. O secretário da Saúde afirmou que a Santa Casa é um hospital ‘muito importante e estratégico para a região’ e que o Governo do Estado está engajado com o município para normalizar a situação da unidade o mais rápido possível, principalmente a reabertura da UTI Neonatal, fechada na última sexta-feira (9).

“Estamos aqui para prestar solidariedade ao prefeito Tauillo que tomou a decisão de fazer a intervenção. Dizer que ele não está sozinho, temos algumas propostas hoje para colocar e entabular com ele durante o dia. Parabenizar a indicação do Sérgio que foi secretário da Saúde para interventoria neste momento”, frisou. Beto Preto ressaltou que o Governo do Paraná está acompanhando todo o processo ‘a par e passo’. “Já há alguns meses sabíamos que em um determinado momento seria tomada uma decisão de força”, afirmou.

Evento de Inauguração do Conselho Tutelar reuniu diversas autoridades políticas e comunidade em geral

O secretário disse que foi angustiante assistir a transferência de 28 pacientes, entre eles 10 bebês recém nascidos, da Santa Casa a outros hospitais após a suspensão de serviços. Segundo ele, o Governo do Estado, através da central de regulação, conseguiu auxiliar no processo. “Mas só isso não basta. Agora temos que administrar e colocar o hospital no trilho para fazer caminhar”, ressaltou.

Beto Preto frisou que o Estado do Paraná já participa com custeio mês a mês na Santa Casa e hoje ainda irá definir um valor que será repassado em cota única ao município para aquisição de medicamentos e insumos para manter o hospital funcionando. “E claro, saber quais os planos da interventoria para os próximos passos”, informou. Ele não repassou à imprensa valores deste custeio adicional.

O Secretário de Estado lembrou que a Santa Casa é um hospital regional e estratégico e, por isso, não pode ficar com as portas fechadas nem seus serviços interrompidos nas suas diversas especialidades. “Vamos fazer um trabalho. Nem que demore algumas semanas, alguns meses, a Santa Casa vai voltar a fazer o seu trabalho”, enfatizou.

Ele disse ainda que o Governo estuda formas de convênios com o hospital para agilizar a compra de equipamentos que estão em falta. “Se tiver que fazer algum convênio rapidamente para que o hospital possa comprar vamos fazer. Nosso interesse é ajudar no que for possível com repasse de recurso para custeio imediato”, garantiu, ao lembrar que a Santa Casa atende casos de alta complexidade e merece toda atenção neste momento.

Opera Paraná

Beto Preto falou ainda do Programa Opera Paraná, uma política pública do Governo do Paraná na área da Saúde. Segundo o secretário, é o maior programa de cirurgias eletivas do país, mas que na Santa Casa de Campo Mourão pouco foi feito este ano. Para ele é o momento de mostrar o programa aos médicos. “Ele [o programa] remunera melhor. Vamos chamar os colegas médicos para esta nova possibilidade e fazer o atendimento que tem que ser feito aqui em Campo Mourão. Tenho certeza e confiança que o serviço vai melhorar muito”, previu.

Apoio

O prefeito de Campo Mourão, Tauillo Tezelli, que acompanhou os secretários, disse que todo apoio para reerguer a Santa Casa é importante neste momento. “Quando você assume um hospital você não sabe o que vai encontrar. É falta de medicamentos, são salários atrasados, e as dificuldades da gestão que têm que ser enfrentadas. E precisamos de apoio neste momento para voltar a funcionar para ser a retaguarda hospitalar na região que hoje nós não temos”, argumentou.