Campanha contra sarampo tem “Dia D” neste sábado na região
A região da Comcam realiza neste sábado (30) o “Dia D” de vacinação contra sarampo para jovens de 20 a 29 anos de idade. O evento marca também o encerramento da campanha, aberta no dia 19 deste mês. Hoje todas as unidades básicas de saúde de Campo Mourão e região estarão funcionando das 8 às 17 horas.
A 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão pretende vacinar 51.654 pessoas nesta faixa etária. A primeira etapa da campanha, que encerrou no dia 25 de outubro, vacinou crianças de 6 meses a menores de 12 meses e de 1 ano a menores de 5 anos.
Somente em Campo Mourão, mais de 15 mil pessoas de 20 a 29 anos deverão ser imunizadas. As pessoas devem levar a carteirinha de vacinação. A enfermeira chefe de Seção de Vigilância Epidemiológica da 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão, Evandra Cristina Pereira, alerta que toda a população na faixa etária de 20 a 29 anos que não tiver com a caderneta de imunização em dia deve procurar uma unidade básica de saúde mais próxima para se vacinar.
“O sarampo é bastante perigoso e potencialmente evitável. A vacina é a forma de prevenir e é gratuita. Vá no sábado [hoje] até a unidade de saúde e se vacine, isso beneficia toda a população”, disse Evandra ao comentar que os jovens entre 20 e 29 anos são a maioria das pessoas que estiveram ou estão com a doença.
Segunda ela, a realização desta segunda etapa é de suma importância para interromper a cadeia de transmissão do sarampo para reduzir o risco da doença e imunizar não vacinados ou com esquema incompleto para o sarampo. “Estamos preocupados com a situação do sarampo. Precisamos que todos que estão em dúvida ou que não tomaram a vacina sejam vacinados, é a única maneira de prevenir o sarampo”, afirmou a enfermeira.
De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado nesta semana pela Secretaria Estadual de Saúde (SESA) o Paraná tem 479 casos confirmados de sarampo. O sarampo é praticamente totalmente evitável com duas doses da vacina contra essa doença, que é segura e altamente eficaz. Altas taxas de cobertura vacinal — ou seja, 95% a nível nacional e dentro das comunidades — são necessárias para garantir que o sarampo não seja capaz de se espalhar.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, os maiores surtos estão em países que têm atualmente ou tiveram no passado baixa cobertura vacinal contra o sarampo, deixando muitas pessoas vulneráveis à doença. O sarampo é uma doença infecciosa, transmitida por vírus e que pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. As complicações decorrentes do sarampo são mais graves em crianças menores de cinco anos e podem causar meningite, encefalite, pneumonia, entre outras. O vírus é transmitido pela respiração, fala, tosse e espirro. As micropartículas virais ficam suspensas no ar, por isso o alto poder de contágio da doença.
Os sintomas mais comuns são: febre alta, tosse, coriza, conjuntivite, exantema (manchas avermelhadas na pele que aparecem primeiro no rosto e atrás da orelha e depois se espalham pelo corpo), outros sintomas como cefaléia, indisposição e diarréia também podem ocorrer. Como não existe tratamento específico para o sarampo, é importante ficar atento com o aparecimento dos sintomas. Os doentes ficam em isolamento domiciliar ou hospitalar por um período de sete dias a partir do aparecimento das manchas vermelhas no corpo.