Revista ‘Iretama, Nossa Cidade, Nossa História’ está em fase de finalização
Sob coordenação da professora da rede estadual do município de Iretama, Maria Bastos Martines, alunos do Colégio Estadual José Sarmento Filho e um estudante do Colégio Estadual Aníbal Khury estão finalizando uma revista produzida por eles, intitulada “Iretama, Nossa Cidade, Nossa História”. O projeto tem como objetivo buscar a identidade histórica da cidade, assim como dos pioneiros, a fim de que os adolescentes valorizem o município em que vivem e levem a história local ao conhecimento da população.
Com cerca de 140 páginas, a edição da revista está em fase de finalização. Posteriormente, irá para diagramação e, em seguida, será impressa para distribuição, prevista para o mês de julho deste ano. Conforme explicou a docente responsável pelo projeto, a primeira ideia surgiu no ano de 2018, quando ela e o aluno Walter Yoshio Gmack Ussuda, da sala de Altas Habilidades do Colégio Aníbal Khury, decidiram fazer um resgate histórico de Iretama.
“Na época, o aluno entrevistou vários pioneiros (alguns hoje in memoriam), que ajudou a somar o conteúdo do seu projeto de pesquisa”, contou a educadora. No ano seguinte, a intenção era dar continuidade à pesquisa, no entanto, Maria já não era mais professora do estudante.
O projeto ficou adormecido por alguns anos, quando, em 2022, a professora assumiu o Componente Curricular Eletivo, com uma turma que, na época, estava na 1ª série do ensino médio, do Colégio José Sarmento Filho. Nesse formato, seria possível desenvolver projetos de interesse dos alunos. Entre algumas opções apresentadas à turma pela docente, ela inseriu a ideia inicial de 2018, com a proposta de retratar historicamente o município de Iretama.
Os alunos gostaram da proposta e abraçaram a ideia. Maria comentou que a última revista publicada na cidade foi no ano de 1985. Assim, a partir dela e do trabalho iniciado em 2018, os alunos, sob supervisão e orientação da professora, deram continuidade aos levantamentos das informações.
A turma, então, foi dividida em equipes, que ficaram responsáveis por pesquisar determinados conteúdos. Considerando que não foi possível concluir o projeto inicial com o aluno Walter, a docente pediu permissão ao diretor da outra instituição para convidá-lo e incluí-lo no novo projeto.
Produção da revista e a contribuição dos pioneiros
Segundo a professora Maria, ao iniciarem as pesquisas, os alunos despertaram a curiosidade pelo local onde moram, quem foram os primeiros habitantes, como era a cidade há décadas e como foi a transição até os dias atuais. “Foi a partir das primeiras entrevistas com os pioneiros que eles perceberam o respeito e valores que eles, como adolescentes, devem ter com essas pessoas que tanto trabalharam, utilizando ferramentas rústicas e derramando seu suor até desbravarem o local que hoje chamamos, com muito orgulho, de Iretama”, disse.
A retomada histórica partiu da década de 1940, quando Jaime Whatt Longo, um colonizador com empresa fixada em Londrina, teve um sonho em que sobrevoava as matas da região que hoje é o município. Em seu sonho, mostrava que o local era constituído por terras férteis para intensificar seus negócios. A partir disso, nasceu a Colônia Iretama. Mas, conforme ressaltou a docente, os pioneiros contaram que ‘foram épocas difíceis até chegar no que é hoje’.
Maria comentou, ainda, que, no decorrer de toda essa explanação histórica, foi possível acompanhar o entusiasmo dos discentes e ver a satisfação deles em executarem o trabalho. “Foi um trabalho árduo, mas, como professora, me sinto realizada por ter instigado e, de certa forma, contribuído para resgatar a história da cidade, oportunizar conhecimento e principalmente ver o quanto esses jovens alunos agregaram respeito e valores através desse projeto. É algo que levarão na memória por toda vida”, enfatizou.