Pão saem migalhas, delas não se faz pão, mas alimenta, 36 anos aqui
“A Coluna é minha? Só no nome. Ela é da Tribuna. O jornal cedeu este espaço e assim eu
escrevo com liberdade. Existe uma condição entre a Tribuna e eu, atrevo-me a afirmar, a
afinidade, responsabilidade com o conteúdo. (…) …”. Se é de pessoas a base dada
Coluna, dialogo com elas. É a todos que agradeço, os caros leitores, assíduos,
eventuais e quem tenha deixado de ler. (…). “Pessoas retratadas, leitores,
muitas delas transformadas em saudades, inesquecíveis pela evocação
em memória. (…). O sentimento é de gratidão e honra.
José Eugênio Maciel (trechos desta Coluna quando completados 34 anos.).
Há 36 anos esta Coluna foi publicada pela primeira vez, 10 de julho de 1988. Os dizeres acima, sintetizam a passagem do tempo.
O que afirmar agora, nestes 36 anos? Aos leitores cabe responder.
O desafio é tratar quem lê com todo o respeito. O diálogo pelos textos.
A Tribuna do Interior mantém expressa circulação das edições impressas, tendo leitores, assinantes ou não, que preferem o papel, notícias impressas. Saudosismos a parte, gosto também de abrir, folhear as páginas deste senhor Jornal. Evidentemente que pela internet a cada instante somos atualizados, registro dos fatos na exata medida que eles acontecem.
Não apenas todos os anos, quando esta Coluna aniversaria, mas a cada publicação, de modo implícito ou explícito, espraiar o sentimento eloquente de gratidão pela paciência, compreensão de quem lê. Obrigado!
A Tribuna traz as notícias fresquinhas, como um pão que acaba de sair do forno, crocante, saboroso. Pão recheado de notícias específicas, policial, política, economia, entrevista, Tribuna Livre. depoimentos, imagens.
Pão escolhido na padaria dos meios de comunicação, ou entregue bem cedo, ainda é madrugada.
Nesse recheio é posto esta Coluna. Por vezes robusto recheio, pesado, leve ou macio, depende do gosto do leitor. Público que tem pressa, que fica só título, lê uma frase aqui, outro acolá. O que lê com vagar todo o texto. O que lê quando tem alguma repercussão, que justifique a utilidade deste espaço.
Não me iludo, não é sempre que este escrevinhador acerta, mas, que fique claro, a intenção de acertar, de ser claro, de ter argumento com conhecimento são irrecusáveis compromissos.
A Coluna se basta como as próprias migalhas? Não sei, mas o caro leitor sabe.
Agradecer a todos, evidentemente ao leitor da Coluna. Ao Jornal, que propicia aqui escrever, quando este espaço era só chamado de Coluna, e assim o faço, deixando o blogue para quem queira usar, como a própria Tribuna.
Este escrevinhador encerra esta Coluna transcrevendo trechos de um dos maiores nomes da nossa literatura, que até dispensa apresentações, Manuel Bandeira:
Testamento
“O que não tenho e desejo
É que melhor me enriquece.
Tive uns dinheiros – perdi-os..
Tive amores – esqueci-os.
Mas no maior desespero
Rezei: ganhei essa prece.
Vi terras da minha terra.
Por outras terras andei.
Mas o que ficou marcado
No meu olhar fatigado,
Foram terras que inventei.
Gosto muito de crianças:
Não tive um filho de meu.
Um filho!…. Não foi de jeito…
Mas trago dentro do peito
Meu filho que não nasceu.
(…)
Darei de bom grado a vida”.
(…)
Fases de Fazer Frases (I)
A palavra é para lavrar.
Palavra para palavrear.
Palavro o que lavro.
Antes e sempre apalavrado.
Sem palavrão e palavrada.
Fases de Fazer Frases (II)
Vida faz sentido das palavras sentidas.
Olhos, Vistos do Cotidiano
“Um café, r$ 6,00; Um café por favor, R$ 5,00 e Bom dia, um café, por favor, R$ 4,00”.
Dizeres de um comércio. A boa educação ainda faz todo o sentido.
Farpas e Ferpas
Palavra fácil, para quem não a conhece é difícil.
Trecho e Trecho
“Palavras não são más./Palavras são quentes./Palavras são iguais./Sendo diferentes. (…)./Tudo com todas as letras. (…). [ Marcelo Fromer e Sérgio Brito].
“Palavras são só palavras até você as trazer para a vida”. [Onc Direction].
Reminiscências em Preto e Branco
Sei, o tempo passa, como o desta Coluna, mas não sei como eles passam.
Que a Coluna semanalmente passa, não sei como e quando ela é lida.