Governador sanciona lei que concede Título de Cidadão Benemérito do PR a padre Jurandir
Aprovada no mês passado pela Assembleia Legislativa do Paraná, o Governador do Estado, Carlos Massa Ratinho Junior, aprovou a Lei 22.068 de 18 de Julho, que concede o Título de Cidadão Benemérito do Paraná ao padre Jurandir Coronado Aguilar, atualmente pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, no município de Jussara. Uma data e local para entrega da homenagem será definida.
A proposta é assinada pelos deputados Douglas Fabrício, Do Carmo, Evandro Araújo, Soldado Adriano José, Anibelli Neto e Alexandre Curi. Padre Jurandir atuou por muitos anos em Campo Mourão e região da Comcam, onde passou por diversas paróquias, inclusive na Catedral São José. “Padre Jurandir tem feitos importantes em Campo Mourão, região da Comcam e no Paraná. Seu trabalho pastoral é exemplar e merece este reconhecimento do Estado do Paraná”, justificam os autores da homenagem.
Recentemente, o religioso foi homenageado também pelo Rotary de Campo Mourão com o título de sócio honorário. Porém, no fim de março, em um fiasco, a Câmara Municipal rejeitou ao padre o título de Cidadania Honorária do município, proposta pelo vereador Escrivão Parma.
Padre Jurandir Coronado Aguilar nasceu no município de Primeiro de Maio, no dia 8 de fevereiro de 1965. No ano de 1981 ingressou como seminarista no Seminário Paulo VI, da Arquidiocese de Londrina, onde concluiu o curso colegial no Colégio Positivo e fez o primeiro ano de filosofia no Instituto Filosófico-Teológico Paulo VI em 1983. Em dezembro do mesmo ano, veio pela primeira vez a Campo Mourão, onde se encontrou com o Dom Virgílio de Pauli e com o Padre José Brand, sendo ratificada a sua acolhida como Seminarista da Diocese de Campo Mourão, resultado de apresentação e conversa através do Padre Pedro Liss, então seminarista do último ano de teologia.
Por ocasião da ordenação presbiteral do Padre Pedro Liss, em Roncador, em 14 de janeiro de 1984, teve a oportunidade de conhecer melhor os padres da Diocese, demais seminaristas e participar da primeira convivência de seminaristas e padres diocesanos na propriedade do empresário Denir Daleffe (Pousada A Fazendinha). Continuou os estudos filosóficos no Seminário Nossa Senhora da Glória, em Maringá.
Na Semana Santa de 1984 fez sua primeira experiência pastoral na diocese, na Capela Boa Esperança, então pertencente à Catedral. Tendo sido dispensado no Seminário de Maringá, passou a ser acompanhado pelo Padre José Brand em Quinta do Sol e, depois, na Paróquia Nossa Senhora do Caravaggio, de Campo Mourão, onde permanecia durante todos os intervalos de férias de acadêmicas. Em 1986 ingressou no curso de teologia no ITESC, Instituto Teológico de Santa Catarina, em Florianópolis.
No dia 7 de outubro de 1989, juntamente ao seminarista Luiz Antonio Belini, foi ordenado diácono por Dom Virgílio de Pauli, na Paróquia Nossa Senhora do Caravággio. A ordenação presbiteral ocorreu no dia 16 de dezembro do mesmo ano. Os trabalhos na Diocese iniciaram-se com a reitoria no Seminário Diocesano São José (1990-1993), coordenador da Pastoral Vocacional e Grupos de Reflexão, a nível diocesano, pároco da Paróquia Sagrada Família no Bairro Cohapar, por dois períodos (1992-1996/2001-2006), reitor do Seminário Dom Virgílio de Pauli, em Cambé (2006-2013), professor de História da Igreja no Seminário de Teologia em Londrina (2005-2016) e na Pontifícia Universidade Católica – Campus de Londrina (2005-2016), pároco da Catedral Diocesana (2011-2023), além de participar dos conselhos de pastoral diocesana, conselho presbiteral e colégio de consultores.
A diocese favoreceu o privilégio de estudar em Roma na Pontifícia Universidade Gregoriana (1996-2001), onde fez mestrado e doutorado em História Eclesiástica, tendo a felicidade de receber o Prêmio Roberto Belarmino (2001), como melhor tese doutoral, e ter sua tese publicada pela própria universidade, sendo o primeiro brasileiro a receber tal condecoração. Ao retornar à diocese, residindo em Campo Mourão, dedicou seu ministério como professor de História da Igreja em Cascavel e em Londrina, sendo também o reitor do Seminário de Teologia Dom Virgílio de Pauli, em Cambé (2006-2013, 2017). No dia 21 de maio de 2004 foi empossado como membro efetivo da Cadeira 17, cujo patrono é Dom Virgílio de Pauli, da Academia Mourãoense de Letras, pelo então presidente Rubens Luiz Sartori.
Ao longo destes quarenta anos, tendo vivido em Campo Mourão, e aqui dedicado a maior parte do seu trabalho e, mesmo residindo em outras cidades manteve o contato e o trabalho pastoral em Campo Mourão, sentindo-se mourãoense, porque aqui se formou, viveu seu ministério e foi acolhido. Na cidade também realizou, além das atividades pastorais e espirituais, as obras de edificação da igreja, casa paroquial, casa da pastoral e salão paroquial da Paróquia Sagrada Família, no conjunto Milton Luiz Pereira (Cohapar). Nestes 12 anos atuou como pároco da catedral e, juntamente com os fiéis desta comunidade paroquial, foram realizadas inúmeras obras no templo diocesano, assegurando a sua estabilidade, manutenção e adequação às novas realidades litúrgicas, artísticas e histórica. O Centro Catequético-Pastoral foi totalmente reformado e ampliado possibilitando maior acessibilidade e disposição de salas para as mais diversas atividades catequéticas, pastorais e sociais. Uma nova casa Paroquial foi adquirida e adequada. E, finalmente, por decisão de Dom Bruno, bispo diocesano, a paróquia recebeu a Capela Nossa Senhora do Pilar, na Vila Carollo, tendo sido totalmente reformada e ampliada, reforma e ampliação da casa onde reside o diácono Jair, e reforma as demais dependências, como salão, cozinha, churrasqueira e muros.