Ciclo da dengue encerra com aumento de mais de 1.000% no número de casos na Comcam

Encerrou nesta semana o período sazonal da dengue. Na região da Comcam, conforme os números divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde do Paraná (Sesa-PR), houve o aumento de 1.070% no número de casos confirmados nos últimos 12 meses em relação ao ciclo anterior. Em 2021/2023 foram acumulados 385 confirmações e 3.677 notificações. Naquele período não houve nenhuma morte. Já no ciclo atual, iniciado em agosto de 2023 com término em julho de 2024, são 35.778 casos de dengue, 46.809 notificações, e 37.607 casos prováveis.

Neste período foram registradas ainda 16 mortes pela doença em nove municípios. Com o início do novo período epidemiológico para acompanhamento dos casos da doença, a contagem realizada até esta semana será zerada pelos municípios, iniciando um novo ciclo até julho de 2025. O informativo voltará a ser divulgado pela Vigilância Ambiental da Sesa na terceira semana de agosto.

O último boletim do ciclo da dengue foi divulgado nessa terça-feira (30) com 253 novas confirmações da doença na Comcam. Campo Mourão foi a cidade que registrou o maior número de casos: 6.395. Em seguida Goioerê, com 4.447; Iretama, 2.853; Roncador, 3.575; e Araruna, 2.534. As mortes pelo vírus foram registradas em Araruna (4), Boa Esperança (1), Campo Mourão (2), Iretama (3), Janiópolis (1), Luiziana (1), Moreira Sales (1), Quinta do Sol (2), e Ubiratã (1).

O ciclo da dengue, esse ano, encerrou com os seguintes casos por cidade: Altamira do Paraná (243), Araruna (2.534), Barbosa Ferraz (1.322), Boa Esperança (539), Campina da Lagoa (685), Campo Mourão (6.395), Corumbataí do Sul (180), Engenheiro Beltrão (642), Farol (135), Fênix (250), Goioerê (4.447), Iretama (2.853), Janiópolis (1.294), Juranda (1.227), Luiziana (2.120), Mamborê (697), Moreira Sales (2.111), Nova Cantu (989), Peabiru (1.433), Quarto Centenário (1.023), Quinta do Sol (1.348), Rancho Alegre D’ Oeste (72), Roncador (2.575), Terra Boa (176) e Ubiratã (488).

No período passado, os números foram: Altamira do Paraná (3), Araruna (23), Barbosa Ferraz (9), Boa Esperança (3), Campina da Lagoa (8), Campo Mourão (88), Corumbataí do Sul (1), Engenheiro Beltrão (27), Farol (2), Fênix (6), Goioerê (133), Iretama (5), Janiópolis (38), Juranda (33), Luiziana (33), Mamborê (16), Moreira Sales (63), Nova Cantu (8), Peabiru (4), Quarto Centenário (26), Quinta do Sol (23), Rancho Alegre D’ Oeste (1), Roncador (13), Terra Boa (2) e Ubiratã (17).


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A dengue é transmitida pelo mosquito fêmea Aedes aegypti, vetor também do Zika Vírus e Febre Chicungunha. Os principais criadouros do mosquito, conforme levantamento entomológico realizado pelos municípios e informado à Sesa, foram em lixos como recipientes plásticos, garrafas, latas, sucatas em pátios e ferros-velhos, entulhos de construção. A Saúde orienta à população que continue vigilante em relação a eliminação de possíveis criadouros do mosquito.

Existem quatro tipos de vírus de dengue no Paraná: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Cada pessoa pode contrair a infecção provocada pelos diferentes sorotipos e a imunidade é gerada após a contaminação por cada um. A reincidência da dengue pode agravar os sintomas, podendo desenvolver a forma grave da doença. Neste período epidemiológico, o DEN-1 teve a maior circulação nos municípios, representando 99% das amostras tipificadas pelo Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen).

Paraná

O Paraná encerrou o ciclo com 939.453 notificações, 595.732 casos confirmados e 610 mortes por dengue. No total, 397 municípios tiveram confirmações da doença. Até o período 2023/2024, o ano epidemiológico 2019/2020 era o que concentrava mais casos, com 227.724, além de 177 óbitos.

Para a Sesa, os dados de 2023/2024 podem ser atribuídos, em grande parte, às mudanças climáticas, influenciadas, principalmente, pelo El Niño. As regiões que historicamente apresentavam baixa circulação viral passaram a apresentar um cenário de impacto. O aumento das chuvas e das temperaturas médias têm sido importantes para a proliferação do Aedes, fazendo com que a densidade vetorial aumente, o que reflete na transmissão da dengue.

Durante este período de um ano não houve confirmação de casos de zika no Paraná. Em relação à Chikungunya, o Estado registrou 1.920 notificações, 240 casos confirmados e nenhum óbito pelo agravo. Houve o registro de 183 casos autóctones e, destes, 77 eram pacientes residentes do município de Foz do Iguaçu, concentrando 42% dos casos autóctones no Paraná.

Dicas de prevenção contra dengue

* Tampar caixas d’água;
* Manter calhas sempre limpas;
* Deixar garrafas e recipientes com a boca para baixo;
* Limpar semanalmente ou preencher pratos de vasos de plantas com areia;
* Manter lixeiras bem tampadas;
* Manter ralos limpos e com aplicação de tela;
* Manter lonas para materiais de construção e piscinas sempre esticadas para não acumular água.