Roncador: Ex-vereadora comenta renúncia e nega invasão a centro cirúrgico

Após a repercussão de sua desistência do cargo, a ex-vereadora de Roncador, Maria Santina Ribeiro da Luz Silva (MDB), que renunciou ao mandato na segunda-feira (19), fez contato com a reportagem da TRIBUNA na manhã desta quarta-feira (21) e comentou sobre o caso. O jornal tentou ouvir a parlamentar nessa terça-feira (20), mas seu celular só deu caixa postal.

Maria Santina alegou a desistência do cargo para evitar desgaste político em pleno período eleitoral. Ela é candidata a vereadora nas Eleições de outubro. A ex-vereadora disse ainda que a renúncia ao cargo visa também se resguardar de qualquer possível perseguição política. “Como só tinha um resto de mandato é já é praticamente eleição, achei melhor renunciar ao cargo para evitar que continuem com politicagem para cima de mim”, falou.

A ex-parlamentar disse não ter dúvidas de que a denúncia contra ela, protocolada na Câmara, é de ‘cunho político’. “Virou política. Queriam fazer uma politicagem em cima de mim na Câmara e por isso renunciei ao mandato. Só assim eu teria paz para ser candidata novamente”, falou.

Maria Santina disse que durante estes três anos e meio de mandato sempre teve bom relacionamento com os demais edis. “Claro que tem a questão de oposição e situação, mas tudo com respeito e racionalidade”, destacou. Ela avaliou como “desnecessário” criar um atrito neste momento com vereadores, face à denúncia. “Isso não seria justo”, disse, ao comentar que poderia ser vítima de uma perseguição política dentro da própria Câmara. “Assim como eles poderiam me cassar daqui a 90 dias, que seria o prazo da comissão, poderiam me cassar com 20 dias. Aí como eu ficaria em plena Eleição”, observou.

Denúncia

Sobre a representação contra ela, Maria Santina, negou a invasão ao centro cirúrgico e a agressão ao médico. “Eu recebi denúncia por quatro anos dele [o e ex-prefeito Odilon Gonçalves] fazendo cirurgia dentro do hospital e não podia porque tinha condenação em um processo. Eu procurava o Ministério Público que me informava que só poderia tomar alguma medida se eu tivesse provas”, falou a ex-vereadora, ao comentar que foi ao local porque foi chamada. “Eu não fui lá simplesmente porque quis ir”, complementou.

Maria Santina continuou: “Eu não invadi o centro cirúrgico. Estão falando uma coisa que não é verdade. Não fui agressiva. Entrei no hospital, cumprimentei algumas pessoas e fui em direção ao centro cirúrgico. Fiquei no corredor. Os enfermeiros e enfermeiras nem me viram. Eu esperei com que ele [o ex-prefeito] virasse de frente para mim e filmei o rosto dele para provar o que eu estava dizendo”, relatou Maria Santina. Ela disse que quando estava deixando o hospital, foi abordada pela diretora, que tomou seu celular. “Ela me puxou pelas costas, eu virei de frente e comecei a andar de costas em direção a saída. Tinha umas macas no corredor, acabei esbarrando nelas e cai. Ou seja, na verdade eu fui a vítima e pior, enquanto fazia meu trabalho de vereadora, que é fiscalizar”, lamentou. Até hoje, segundo a ex-vereadora, o celular não foi devolvido a ela.

Após o ocorrido Maria Santina foi ao Fórum de Justiça e falou com a Promotoria de Justiça, que a encaminhou à delegacia de Polícia Civil de Iretama, onde foi feito um boletim de ocorrência. A ex-vereadora fez também exame de corpo de delito. Um processo sobre o caso tramita na Justiça da Comarca.


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