Só você e ela
“Errar é humano. Culpar outra pessoa é política”.
Hubert H. Humphrey
Está chegando a hora de estar diante dela.
A sós.
O que deve levar o eleitor para a urna?
A própria consciência.
E existem muitos tipos e motivações sobre consciência.
Que seja a da vontade de cada um verdadeiramente.
Sendo a política ação coletiva, o voto também é coletivamente a manifestação de vontades, que, somadas, resultarão na soberana escolha do povo.
Se somos seres individuais – pois cada um é único – e também somos sociais, na política somos individualmente eleitor, e coletivamente ao mesmo tempo, assim fazemos nossas escolhas.
A responsabilidade permanecerá independentemente do que registrarmos na urna, voto nulo, voto em branco ou voto em alguns dos candidatos.
Fases de Fazer Frases (I)
Sim, pergunte para quem votar, indagando a si mesmo.
Fases de Fazer Frases (II)
O bem menor engrandece.
Quem recebe o bem, bem agradece.
Fases de Fazer Frases (III)
Quando há só deserto de ideias, toda a promessa é miragem.
Olhos, Vistos do Cotidiano
Afirmar que o povo não tem memória e os políticos menos ainda, é contradição em termos, uma vez que, a cada eleição, o baú é revirado principalmente para trazer à atualidade, imagens e fatos de políticos que estavam juntos ontem e agora estão separados e vice-versa, quando se exploram as contradições. Antes a tesoura fazia a separação e agora é o fotoxope.
Farpas e Ferpas
Na política os fogos não são só de artifícios.
Sinal Amarelo
O homem pronto não é perfeito?
Trecho e Trecho
“O pessimismo é humor; O otimismo é vontade”. [Émile-Auguste Chartier].
“A primeira igualdade é a justiça”. [Victor Hugo].
Reminiscências em Preto e Branco (I) – Carinho no apelido, Amelinha.
“Que o homem seja nobre, prestativo e bom, pois só isso o distingue de todos os outros seres”. Johann Goethe.
Amélia de Almeida Hruschka espontaneamente era chamada de dona Amelinha ou simplesmente Amelinha, bem antes de começar a trilhar os caminhos políticos eletivos, aliás, com a maior votação proporcional da história de Campo Mourão, ao ser eleita vereadora, 12% dos votos de todo o pleito, em 1976. A certeira percepção tinha o marido dela, quanto ao êxito político-eleitoral que ela teria. O saudoso Alfonso Germano Hruschka foi também vereador, eleito para o mandato 1964-68, tendo presidido o Legislativo Municipal em 1964.
Amelinha tinha a bondade para com os mais necessitados, de um modo ou de outra maneira, acolhia a todos que a procuravam. Ela foi importante para a formação e estruturação das creches de Campo Mourão, devido a notável atuação na assistência social.
Desde bem jovem conheci os dois e fui testemunhando, ao longo da vida, o tratamento que dispensavam a todos, o da mais elevada consideração, eram boa prosa. A simpatia perdurava fora das eleições, era uma marca constante.
Deputada por dois mandados (1983-1987 e 1987-1981), ela foi precursora em termos de mandatos femininos, fez parte da Assembleia Legislativa do Paraná, ao lado da saudosa colega Irondi Pugliesi.
Qual seria o maior legado da dona Amelinha? Entre os muitos, pode ser apontado justamente a área social e considerando a atualidade. O trabalho realizado por ela, voltado para os mais necessitados, para os que não tinham renda. Se temos hoje pessoas nessa condição, os programas sociais de transferência de renda, era o que ela fazia, também por conta própria. Pois, afinal de constas, as pessoas necessitadas carecem de serem socorridas imediatamente.
Amelinha tinha 91 anos e morreu no dia 19 passado.
Reminiscências em Preto e Branco (II) – O surrealismo do Domanski.
“A arte é a expressão da impressão do artista e a base é seu coração”. Marcos Andruchek.
Ele ilustrava a arte surrealista. O inconsciente humano, e, por mais que fosse influenciado pelos traços reflexos do freudiano, não se deslocava inteiramente da realidade. Os quadros eram retratos do social, era necessário, diante deles, conhecer e refletir, sem palavras, mas com todas as cores. Aos 62 anos, transformou-se em saudade desde o último dia 19, o artista mourãoense Renato Domanski.
Reminiscências em Preto e Branco (III) – Mazza, o jornalista.
“País que precisa de salvadores não merece ser salvo”. Luiz Geraldo Mazza.
Patrono do jornalismo paranaense, nascido em Paranaguá, sempre foi um dos profissionais mais brilhantes, competente e independente, foi de tudo, repórter, chefe de redação, brilhou no texto impresso e na locução como comentarista. Tinha uma verve afiada e ágil, assim como memória prodigiosa. Além dos bastidores da política, com ênfase para a atualidade paranaense, sempre rememorava os governadores daqui, desde Bento Munhoz da Rocha Neto. Ela tinha 93 anos, morreu no último dia 10. O último vínculo profissional dele foi com a Folha de Londrina, na qual mantinha uma Coluna, só deixando de escrever devido a complicações enfermas.
José Eugênio Maciel | [email protected]
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