Chupa-cabra: Polícia Civil de Engenheiro Beltrão alerta para golpe em caixas eletrônicos

A Delegacia de Polícia Civil de Engenheiro Beltrão emitiu um alerta para o golpe “chupa-cabra” em terminais eletrônicos de bancos. Recentemente foi registrado um caso na cidade em uma agência bancária do Banco Bradesco. O golpe funciona da seguinte maneira: os criminosos sobrepõem um falso mecanismo de entrada do cartão magnético, impedindo que ele seja inserido corretamente. Com o cartão preso, as vítimas acabam buscando ajuda. Nesse momento, os golpistas colam um adesivo no caixa com um número falso de atendimento ao cliente, que direciona diretamente para integrantes da quadrilha. Para aumentar a credibilidade do golpe, eles se posicionam próximos, fingindo utilizar o caixa, e sugerem que a vítima ligue para o número falso.

“Na ligação, os criminosos pedem os dados bancários, incluindo senhas, e realizam saques e transações fraudulentas, inclusive utilizando o cartão preso no caixa”, explica a Polícia Civil, ao alertar que moradores desconfiem de situações suspeitas. Uma das dicas repassadas é que os clientes fiquem atentos a erros em caixas eletrônicos e nunca liguem para números que não sejam oficiais. “Em caso de suspeita, entre em contato diretamente com o banco pelos canais oficiais ou informe à Polícia”, orienta.

Existem casos também em que os criminosos instalam equipamentos que clonam as trilhas e senhas dos cartões por dispositivos instalados em caixas eletrônicos. Com os dados dos cartões, os criminosos conseguem confeccionar vários cartões com as trilhas capturadas e utilizá-los com as senhas que foram gravadas, realizando saques em dinheiro, além da captura de envelopes de depósitos bancários.

De acordo com a Polícia Civil, o morador pode saber se um caixa eletrônico foi adulterado. Sinais indicadores de chupa-cabras são: leitor de cartão volumoso demais, resposta estranha do teclado de PIN ao toque, anexos incomuns em outras partes da máquina, entre outros. Além disso, o leitor do cartão e do teclado deve estar bem fixado, sem partes móveis ou frouxas. “Se algo parecer estranho, as pessoas devem desconfiar e acionar a polícia”, alerta a delegacia.

Esse tipo de crime constitui furto qualificado e organização criminosa, cujas penas ultrapassam os 15 anos de reclusão.

Como funciona o golpe

A vítima coloca o cartão no caixa eletrônico e ele fica preso na peça instalada pelo criminoso; um segundo golpista se oferece para supostamente ajudar a vítima a tentar retirar o cartão que ficou preso. Ele diz à vítima que o caixa eletrônico emitiu um extrato que orienta a ligar em determinado número para liberar o cartão, mostra a ela o informativo, mas o extrato e o número informado são falsos. A ligação, na verdade, será feita para um terceiro golpista, que pede dados pessoais da vítima para liberar o cartão; esses dados são utilizados, junto com o cartão da pessoa, para realizar movimentações bancárias e concluir o golpe, causando prejuízos financeiros.

Como verificar se há chupa-cabra

  • Restos de cola ou outras substâncias em torno dos dispositivos (leitor de cartão, teclado, etc.);
  • Dispositivos frouxos ou desalinhados;
  • Encaixes plásticos estranhos;
  • Volume excessivo no leitor do cartão ou teclado
  • Código de cores incomum no teclado ou teclas fora da ordem comum;

Mesmo que tudo pareça em ordem, tente o seguinte para verificar se o caixa eletrônico não foi adulterado por um golpista:

  • Mexa na ranhura do leitor do cartão e tente deslocar o teclado: os chupa-cabras não ficam colocados firmemente e geralmente se movem se você tocá-los;
  • Pressione algumas teclas: se os botões parecerem grudentos, esponjosos ou muito rígidos, pode ser um teclado falso;
  • Se algo parecer fora do normal, não utilize o caixa eletrônico e ligue à polícia.